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Secretaria Municipal de Saúde (SMS), começa neste sábado (9) a testagem rápida da população de Goiânia para identificar a contaminação das pessoas pelo novo coronavírus. O superintendente de Vigilância em Saúde, Yves Mauro Ternes, detalhou à Sagres 730 nesta sexta-feira (8) o que estudo deve ser realizado em quatro etapas e a expectativa é de investigar cerca de 22,4 mil residências na Capital.

Vamos iniciar a primeira etapa amanhã, e daqui duas semanas, vamos fazer o segundo inquérito”, afirmou o superintendente de Vigilância em Saúde. “A última etapa prevemos que seja ao final de junho, até lá teremos noção de como está a carga de infecção da doença no município. A partir do segundo inquérito nós vamos ter uma ideia de transmissão da doença, que chamamos de taxa de incidência, como que está sendo a evolução dos casos no município”, completou.

Yves Mauro ressaltou que esse inquérito sorológico vai dar subsídios à SMS para fazer um levantamento de leitos hospitalares disponíveis, para fazer estimativa de como está a curva da doença e, até mesmo, avaliar critérios de flexibilização do isolamento social. A secretária de Saúde, Fátima Mrué, vetou a flexibilização das atividades econômicas, devido ao aumento da incidência da doença em Goiânia. Em nota técnica, a Prefeitura de Goiânia reforçou a necessidade de manter o isolamento social para evitar o “aumento súbito” de casos de coronavírus.

De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, o objetivo inquérito sorológico de base populacional é dar um parâmetro de como está a infecção por covid-19 no município. “Os dados que temos de casos confirmados, seria mais ou menos a ponta do iceberg, ou seja, aqueles casos que foram identificados pelo Sistema de Vigilância, ou por laboratório privado”, afirmou. “Porém, não sabemos como estão os casos subclínicos ou casos assintomáticos, o inquérito epidemiológico é justamente para isso, para dar essa informação de como está o mapeamento da infecção e nos auxiliar nas medidas de ações de saúde pública”.

A Secretaria Municipal de Saúde recebeu seis mil testes rápidos do Ministério da Saúde e, segundo Yves Mauro, o município adquiriu mais de 25 mil testes para dar andamento em inquéritos subsequentes. A pesquisa vai identificar a contaminação das pessoas pelo novo coronavírus (SARS-Cov-2) e deve ser realizado em quatro etapas. De acordo com Yves Mauro, para coletar as amostras de forma homogenia na Capital, houve um sorteio nos sete distritos do município.

Nós fizemos um sorteio por amostragem nos sete distritos de Goiânia, por bairro e quadra, então a nossa intenção é pegar de forma homogênea em toda região de Goiânia, para verificar como é que está a infecção por coronavírus nas residências do município”, afirmou. O superintendente de Vigilância em Saúde ressaltou que a população não precisa se cadastrar, já o sorteio já foi feito de forma que houvesse unidade na distribuição de amostragem.

O superintendente de Vigilância em Saúde detalhou que os profissionais que vão realizar a testagem, também serão testados previamente “para dar uma segurança para quem está indo a campo”. Um total de 1,2 mil profissionais vão trabalhar na testagem, sendo servidores da saúde e acadêmicos da UFG. A parceria com a UFG também permitirá que o Centro de Seleção faça a impressão, leitura e processamento dos formulários que serão respondidos pela população.

O profissional da saúde vai a residência do morador, juntamente com o agente comunitário de endemias, e apresentar a proposta do estudo. O morador aceitando participar, preencher um questionário e aceitar coleta de sangue e em cerca de 15 minutos vai ter o resultado”, detalhou. “Caso na residencia a pessoa escolhida der positivo para o coronavírus, nossa estratégia de campo será fazer o teste em todos os domiciliares para saber se houve ou não uma contaminação intra domiciliar”.