Paralisadas desde março por conta das medidas adotadas no combate à proliferação do coronavírus, as competições esportivas podem ser retomadas em breve, pelo menos se depender do presidente da República, Jair Bolsonaro. Em entrevista no Palácio da Alvorada nesta segunda-feira (27), o mandatário revelou preocupação com a saúde financeira dos clubes.

“Clubes como Flamengo e Palmeiras têm folha (de pagamento) próxima de R$ 15 milhões de reais. Times da segunda divisão, uma parte vai ser extinta. Me parece, conforme consta, que estão fazendo acerto para ganhar 60%, 50%, 40% do que ganha. Porque não tem receita, não tem imagem, não tem televisão. Bilheteria, não vai ter mesmo. É uma preocupação. O pior, não vai ser o vírus. Vai ser o pós-vírus, com destruição dos empregos”, pontuou Bolsonaro.

bolsonaro defende retorno do futebol
Rogério Caboclo, presidente da CBF ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro (Foto: Carolina Antunes e Valdenio Vieira /PR)

Defensor fervoroso do relaxamento nas medidas de isolamento recomendadas pelo Ministério da Saúde, o presidente revelou ser à favor do retorno gradual das atividades esportivas. Segundo ele, o governo já foi procurado por representantes dos clubes de futebol e já está trabalhando para essa retomada.

“Se depender do meu voto, eu aprovo. Logicamente, com parecer técnico do Ministério da Saúde. Que acho que será favorável. Começar a realizar os treinamentos. Começar, em um primeiro momento, com portões fechados (…) No que depender de nós, vamos fazer as coisas com bastante responsabilidade, com parecer do Ministério da Saúde. Já fui procurado por autoridades do futebol. Está sendo trabalhado neste sentido aí”, afirmou o mandatário.

Segundo Bolsonaro o desejo de retorno do futebol não é só dele e por isso tem mantido contato com vários segmentos para preparar a retomada das competições. Sem revelar nome, o presidente chegou a dizer que ouviu relatos de um treinador do futebol brasileiro.

“Eu conversei com um técnico de futebol neste fim de semana, do Rio Grande do Sul. Ele foi favorável em um primeiro momento a não ter jogos, pela aglomeração nos vestiários. Muita gente. Agora, é favorável. É só você não deixar tanta gente no vestiário”, completou.

Após a declaração de Jair Bolsonaro, Adson Batista, presidente executivo do Atlético Goianiense, elogiou o posicionamento do chefe do executivo.

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