Em todo o país, 60% das cidades 5.568 cidades brasileiras possuem lixões a céu aberto. O município é responsável pela coleta, tratamento e destinação do lixo, mas muitos acabam destinando o material de forma irregular, com a alegação de não haver recursos.

A discussão serve como alerta aos candidatos à prefeitura das cidades do Brasil, para que tenham em suas propostas de governo, medidas que contemplem as questões de resíduos sólidos.

“O que pesa mais hoje é não ter ainda no país, solucionado o assunto dos lixões. A Política Nacional de Resíduos Sólidos foi promulgada há mais de 10 anos, e esse verdadeiro câncer para a sociedade brasileira continua”, comentou o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), Luiz Gonzaga.

De acordo com Luiz Gonzaga, atualmente existem 3.257 lixões espalhados pelo país. Segundo Gonzaga, o local traz danos ao meio ambiente e ao lençol freático.

“Recentemente, tivemos a aprovação do Marco Regulatório do Saneamento Básico, e parece que começamos a ter uma luz no fim do túnel, com o propósito de resolver essas questões”, acrescentou.

Segundo o Luiz Gonzaga, um dos princípios desse Marco é o estabelecimento de tarifas pelos serviços recebidos. Ou seja, é a cobrança de taxa para a coleta, o transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos.

“Existe no mundo a tentativa de se fazer a reciclagem dar dinheiro, mas a reciclagem custa dinheiro. Para você separar, levar de onde separou até a fonte que vai receber, custa dinheiro. Infelizmente, vivemos em um mundo capitalista e a gente precisa de fazer as coisas cobrando”, salientou.

Confira a entrevista na íntegra ao programa Sagres em Tom Maior #127 a seguir

Mariana Dias é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceira com IPHAC e a Unialfa, sob supervisão do jornalista Johann Germano