O presidente da Agência Goiana de Transportes e Obras (Agetop), Jayme Rincón, afirma que a suspensão do Estádio Serra Dourada foi uma decisão precipitada. A medida, expedida na última quarta-feira (13) pelo juiz Leonardo Aprigio Chaves, da 15ª Vara Cível e Ambiental, em atendimento à recomendação do Ministério Público de Goiás (MP/GO), impede que o palco maior do futebol goiano sedie jogos do estadual deste ano.

“A minha avaliação preliminar é que houve uma precipitação na concessão dessa interdição do estádio. A Agetop não é parte. Nós vamos fornecer à FGF todos os elementos necessários para que ela possa se defender”, ressalta Rincón.

A Justiça entende que o estádio não fornece condições adequadas de segurança, e que a não-interdição fere o artigo 23 do Estatuto do Torcedor, por não terem sido apresentados laudos técnicos atestando a adequação das instalações da praça esportiva. Por esse motivo, a Federação Goiana de Futebol (FGF) não poderá, até segunda ordem, realizar sequer a abertura da competição no Serra, prevista para o próximo dia 30 de janeiro, no jogo entre Atlético X Crac. Para o presidente da Agetop, é preciso prevalecer o bom senso.  

“Se o Estádio Serra Dourada foi o único vistoriado, se ele não tem condições de sediar jogos do Campeonato Goiano, como é que nós vamos fazer com o restante dos estádios? Se ele, que é o melhor, está impedido de realizar jogos, você imagine os outros estádios, de Anápolis ou do interior? Nós vamos reverter isso e não tenha dúvida de que vai prevalecer o bom senso”, exclama.serra

O presidente da FGF, André Pitta, marcou uma reunião para a próxima segunda-feira (18) com representantes da Agetop, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Vigilância Sanitária, Ministério Público, além de dirigentes dos três clubes da capital – Atlético, Goiás e Vila Nova.

O encontro será a partir das 8h30, na sede da administração do Serra Dourada, localizada na ala norte do estádio. Pitta afirmou nesta sexta-feira (15) que não descarta a possibilidade de o clássico entre Vila X Goiás ter apenas uma das torcidas presente.

Olímpico sem previsão

A respeito do Estádio Olímpico, localizado no Setor Central capital, Jayme Rincón diz não haver previsão para a conclusão e entrega da obra. O presidente afirma que só terá uma resposta definitiva quando os equipamentos que compõem a parte elétrica e acomodações forem devidamente instalados.

“Nós dependemos de terceiros. Teste da iluminação, a parte de placares. Os dois placares já foram adquiridos, devem chegar nos próximos 30 dias. O restante das cadeiras que estão sendo instaladas, sistema de monitoramento por câmeras. Nós temos alguns itens importantes que ainda não chegaram. A gente só vai ter essa data definitiva quando estivermos com todos esses equipamentos colocados na obra”, aponta.

A última data informada como sendo a da inauguração do Olímpico foi o dia 24 de outubro de 2015, no aniversário de Goiânia. À época, a construtora responsável pela execução do projeto alegava não ter recebido os recursos da Agetop desde dezembro de 2014.

Além disso, o estádio terá capacidade para 12 mil pessoas, quantidade que não atende às exigências da Confederação Brasileira de Futebol para sediar jogos da Série A que é de, no mínimo, 15 mil lugares.

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