Em entrevista concedida ao programa PUC TV Esportes, o presidente da Aparecidense, Elvis Mendes, revelou que os 12 clubes do Campeonato Goiano da 1ª divisão foram contra a paralisação do futebol de acordo com o decreto imposto pelo governo estadual para o combate à pandemia do coronavírus. Para o dirigente, faltou ouvir profissionais do futebol, que deve ser tomado como exemplo.

“Todos queriam continuar treinando. Todos queriam continuar jogando. Acho que deveriam nos ouvir e não tivemos a chance de defender o futebol junto ao governador. Futebol, que pra mim, deve ser tomado como exemplo, porque é um seguimento em que fazemos testes de covid toda a semana. Em alguns casos, até duas vezes por semana. A gente entende que, parando o futebol, os profissionais ficam mais expostos em casa do que dentro do clube, porque aqui, quando testamos e a pessoa está com a doença, já fica isolada”, disse Elvis Mendes, que também revelou que a mudança no regulamento do Goianão também foi cogitada, como aconteceu em 2020 com a redução das dos jogos finais, mas que por enquanto não é a prioridade.

“Foi o cogitado, mas não é o que os clubes e a Federação querem. Dentro desses 14 dias, vamos perder três rodadas. Esperamos que a CBF disponibilize essas datas para a FGF pra que essas rodadas sejam encaixadas dentro do período do Campeonato Goiano. A gente até propôz um esforço, pra de repente disputar duas partidas com um tempo menos de descanço. Isso tudo para recuperar os 14 dias perdidos”.

Sobre a liberação para os treinos, o presidente da Aparecidense admitiu que pode se aproveitar do decreto da prefeitura de Aparecida de Goiânia, que faz escalonamento para as restrições nas regiões da cidade, e que não proíbe a atividade, no entanto a medida ainda será melhor analisada.

“Tive uma reunião com a minha comissão técnica e estamos bolando alguma forma para não deixar os jogadores parados, seja remotamente ou em grupos de cinco jogadores. O Decreto municipal deixa a gente trabalhar, mas tá tendo esse problema jurídico entre e prefeitura e o governo. É um problema e não quero entrar no meio disso aí”.