O candidato do PMDB ao Governo de Goiás, Iris Rezende, garante que vai buscar o cancelamento do contrato de venda de 51% das ações da Celg, caso seja eleito. Apesar da promessa, o presidente da Celg, Fernando Navarrete, avaliou, em entrevista exclusiva, que não existe possibilidade jurídica para que isto seja feito.

O ex-governador, no entanto, garante que pode até buscar o Governo Federal e a direção da Eletrobrás para reverter o processo de federalização da Companhia goiana. “Nós estamos perdendo a CELG. Negociaram a CELG. Mas, eu eleito governador, eu não vou aceitar está agressão ao povo de Goiás. Se for necessário, eu vou convocar o povo e ir até Brasília. Tudo isto para pegar mais dinheiro no final de mandato. Goiás não pode aceitar passivamente este golpe que lhe foi aplicado,” afirma.

Por outro lado, o presidente da CelgPar, Fernando Navarrete, analisa que juridicamente não existiria a possibilidade de romper o acordo. “O governo dele entregou Cachoeira Dourada na sua totalidade e nunca ouvi dizer de nenhuma preocupação de retomar isso. Tenho para mim que a credibilidade do que se fala está nas ações que se pratique. Este acordo nosso foi feito para ser honrado e respeitado. Do ponto de vista jurídico é o melhor para Goiás,” garante.

O acordo para a federalização da Celg ainda precisa ser confirmado em reunião do Conselho da Eletrobrás no próximo dia 26. Em Goiás, a definição deve sair na próxima semana, em assembleia geral marcada para a próxima quinta-feira, dia 11.