O Campeonato Goiano de 2021 não iniciou para o Goiás Esporte Clube. Apesar de ter viajado para Iporá, o time esmeraldino não entrou em campo contra os donos da casa em partida que estava marcada para o último domingo (28), às 15h30, no Estádio Ferreirão. Por conta das fortes chuvas e condição do gramado, o árbitro Eduardo Tomaz optou pelo adiamento da partida.

“A informação que tivemos é que houve uma chuva forte durante toda a noite na cidade de Iporá e o gramado tinha muita água. A preocupação é que o jogo não tivesse uma condição que trouxesse segurança aos atletas. A grama estava um pouco alta, visivelmente não aparecia muita água, mas por baixo muita água. Era uma partida que no segundo tempo poderia ficar sem totais condições de realização, então para não correr o risco de iniciar o jogo, trazer uma insegurança aos atletas e posteriormente não conseguir concluir, o árbitro achou por bem não dar início á partida”, explicou o presidente da Federação Goiana de Futebol, André Pitta, à Sagres.

Na súmula (leia na íntegra) do jogo, o árbitro relatou que o gramado estava encharcado e com água à vista. No documento Eduardo Tomaz revela que chamou os capitães das duas equipes, Elias do Iporá e Tadeu do Goiás, para saber se os dois se responsabilizariam em caso de lesão de algum jogador. Enquanto o meia do Lobo Guará optou pela realização do jogo, o goleiro esmeraldino foi contra entrar em campo.

Após a decisão do trio de arbitragem, em entrevista à FGF TV, Elias lamentou o adiamento e disse que a “força do Goiás” influenciou para que o jogo não acontecesse. À Sagres, André Pitta rebateu as declarações do atleta e afirmou que atitude buscou preservar a integridade física dos jogadores.

“É muito fácil (falar). Talvez no futebol é assim, você quer ganhar a qualquer custo e mesmo falando claramente para o árbitro que mesmo ele sabendo que as condições eram ruins, ele queria jogar. É óbvio que as vezes você quer jogar a qualquer custo, mas não é assim. Nós não vamos colocar em risco tanto os atletas do Goiás quanto do Iporá porque um determinado clube, no caso o Iporá, quer jogar a qualquer custo. O árbitro avaliou tecnicamente e por várias imagens que me mandaram eu vi claramente que a situação do gramado estava muito ruim e continuava chovendo no horário da partida”, afirmou.

O dirigente também ressaltou que não acredita que esta situação abra precedentes para outras ocasiões. Segundo ele, cada eventual problema dessa natureza que apareça durante a competição será analisado de forma isolada.

“Cada caso é um caso, serão avaliados as condições técnicas a cada momento e a cada jogo. Nós tivemos alguns problemas em Catalão ano passado, incialmente achamos que era por conta da quantidade de chuva, mas depois ficou confirmado que eram as condições do gramado (Genervino da Fonseca). Até por isso o CRAC não jogou mais lá e vai continuar suspenso até que seja resolvida essa questão. Se houver um jogo em outro estádio, que aconteça esse tipo de situação, vai ser avaliado e tomada a mesma medida”, pontuou.

CRAC x Atlético-GO

Justamente por conta das condições do gramado no Estádio Genervino da Fonseca, o CRAC não poderá receber seus adversários ‘em casa’. Depois de já enfrentar esse problema no Goianão 2020, o Leão do Sul terá de mandar suas partidas em outro local. A praça esportiva escolhida neste primeiro momento é o Clube do Povo, completo esportivo localizado em Catalão, que já recebeu jogos do futebol amador.

“É um estádio para quatro mil pessoas que está sendo adaptado. Como estamos vivendo esse momento de pandemia os vestiários foram refeitos, o gramado nos pareceu em excelentes condições. Os laudos devem estar sendo concluídos hoje (segunda-feira) e o CRAC deve inicialmente jogar nesse estádio”, disse André Pitta.

O presidente da FGF garantiu que não há possibilidade desta partida ser remanejada para outra data caso a entidade não receba os laudos nesta segunda-feira (1). “Não será adiado, o jogo será remarcado para outro estádio que já tenha as condições exigidas e contenha os laudos de segurança”, frisou o dirigente que enumerou algumas possibilidades de estádios para receber o confonto.

“Vamos avaliar dependendo as situações, podendo jogar em Aparecida (de Goiânia), Anápolis, em qualquer outro estádio que já esteja recebendo os jogos do Campeonato Goiano”, revelou Pitta.

Ouça na íntegra a entrevista de André Pitta, presidente da FGF, à Sagres: