O lamentável episódio ocorrido envolvendo torcedores, o atacante Alef Manga e o supervisor de futebol Paulo Egídio, após a derrota para o Náutico na Serrinha, vem tirando o sono de Paulo Rogério Pinheiro. O presidente do Goiás Esporte Clube fez essa revelação aos companheiros da BandNews em entrevista na noite desta terça-feira (13).

O dirigente disse que buscou ouvir todas as partes e que teve acesso aos vídeos da confusão. Manga diz que torcedores jogaram cerveja durante a discussão – Paulo Egídio chutou uma grade e segundo relatos chegou a cuspir em alguns torcedores.

Na manhã da segunda-feira, a torcida organizada Força Jovem foi ao centro de treinamento do clube para tentar conversar com Alef Manga. Não teve autorização para isso e na sequência divulgou um comunicado pedindo a demissão de Paulo Egídio.

A atitude não teve aprovação do presidente esmeraldino que pelo que entendi não quer ter uma relação com torcedores neste nível. Ele lamentou o fato e ainda disse que Paulo Egídio chegou a ser ameaçado de morte e estava assustado com tudo. “Ele recebeu mais de dez ameaças de morte, com mensagens de fotos da namorada e da casa dele. Um absurdo”.

Paulo Rogério disse que as ameaças são inadmissíveis e deixou um recado bem claro: “Se alguém encostar a mão nele, eu vou renunciar na mesma hora”. Segundo o dirigente, o supervisor vai deixar o futebol profissional, uma vez “que não existe mais clima”, porém não será execrado no clube.

Paulo Egídio que tem entre as suas funções a organização da logística de viagem do elenco, está com a delegação em Maceió, para partida contra o CSA. Quando retornar para Goiânia, vai entrar de férias e no seu retorno, Paulo Rogério vai definir com os ânimos mais serenos, o futuro do supervisor.