O Atlético-GO conheceu sua 14ª derrota no Campeonato Brasileiro da Série A na tarde deste domingo (11), quando perdeu para o Coritiba por 2 a 0 no Couto Pereira. O resultado mantém a equipe rubro-negra na penúltima colocação com 22 pontos e aumenta o risco de rebaixamento para a Série B.
Para tentar evitar a queda, estima-se que o Dragão precise vencer sete das 12 partidas que ainda restam na competição. Por isso, o presidente Adson Batista avaliou de forma negativa a situação do clube no torneio nacional e demonstrou preocupação com o aspecto emocional do time.
“É realmente um momento muito complicado. O time quando toma um gol desanda tudo e desorganiza. Nós temos que nos fortalecer defensivamente. Temos que usar essa semana para tentar identificar quem está melhor de cabeça e tem condição de enfrentar esse momento difícil. Alguns jogadores têm sentido muito, em certos momentos parece até que nunca jogaram futebol em alto nível. Mas eu sei da essência e da capacidade desse time”, analisou o dirigente.
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Contudo, ele reforçou que não irá “jogar a toalha” e que o clube vai lutar até a última rodada do Brasileirão. “O tempo é curtíssimo, mas nós temos que lutar enquanto houver chance para isso. Eu sou racional e vou ser bastante equilibrado para tomar as decisões porque não vou deixar o Atlético-GO se definhar. Vamos vender caro qualquer rebaixamento que possa acontecer”, afirmou.
Na visão de Adson Batista, com o título do Campeonato Goiano e as campanhas na Copa do Brasil e Sul-Americana dão a esperança que de o time poderá reagir na Série A.
“A questão é acreditar que nós jogamos em alto nível em muitos momentos nesse ano. Se o Atlético-GO conseguir reverter esse rebaixamento, que está muito difícil, até porque três pontos na Série A são uma eternidade, os jogos são muito parelhos. A gente pode reverter, mas é um momento muito difícil e que a gente sente que muitos jogadores estão absorvendo muito mal”, admitiu.
Eduardo Baptista
O presidente foi questionado se a contratação de Eduardo Baptista teria sido um erro, mas o mandatário eximiu o treinador de culpa e ressaltou que o grande entrave para a reação no Campeonato Brasileiro é o desempenho dos atletas. Segundo ele, grande parte do elenco tem deixado à desejar e não tem dado a resposta necessária dentro de campo.
“Ele tem um trabalho muito bom de gestão de grupo, o problema é que os caras não estão reagindo. Jogar (a responsabilidade) só em cima do treinador é muito fácil, arrumar um “Cristo”. O maior problema nosso é que tem alguns jogadores que não estão com a cabeça aqui, não estão conseguindo superar as adversidades. Ele (Eduardo) está tentando tudo, mas as coisas não estão acontecendo”, afirmou.
Novamente, Adson Batista voltou a falar de reformulação pensando na próxima temporada. Ele inclusive revelou que poderá começar a fazer mudanças ainda neste ano se o descenso for confirmado antes do fim do Campeonato Brasileiro.
Sendo assim, a permanência do treinador também não pode ser garantida. “Evidente que não vou ficar aqui com ele se a gente já começar a pensar no ano que vem, daqui a pouco vou fazer avaliações”, concluiu o dirigente rubro-negro.