A condenação de Marconi Perillo (PSDB) por caixa dois na campanha ao Senado em 2006 representa contraponto natural ao amassado discurso de defesa da honestidade e moralidade do ex-governador. Sempre quando questionado, antes da prisão pela PF – já que, desde então, ele não concede entrevistas -, o tucano rebatia críticas com o fato de que, apesar da quantidade de denúncias e processos abertos, ele nunca havia sido condenado.
O fato mudou e a consequência é a construção de mais adversidades ao retorno político de Perillo a Goiás. A defesa do ex-governador diz em nota que “se surpreendeu” com a “absurda sentença eleitoral” e que “esperava a sua absolvição”.
O principal argumento para o recurso a instâncias superiores é de que Marconi já tinha sido eleito senador, com contas posteriormente aprovadas pelo TRE-GO, enquanto as irregularidade citadas no processo são referentes ao segundo turno das eleições de 2006 ao governo, do qual Marconi não participou.
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O regresso
Marconi Perillo prepara retorno à disputa eleitoral em Goiás para 2022, com reestruturação de base política para buscar uma das 17 cadeira goianas na Câmara Federal. Marconistas mais aguerridos sugerem que ele poderá ter sobras para ser o deputado federal mais votado, daqui dois anos.
Regional
O tucano intensificou articulações para eleição de aliados em cidades do Entorno do Distrito Federal e trabalha para ter nessa região sua principal base, como foi nas eleições que venceu ao governo estadual.
Batalha jurídica
A defesa da coligação “Pra Goiânia Seguir em Frente” recorreu da decisão que proíbe a veiculação de áudio em que o candidato Vanderlan Cardoso (PSD) defende o colega, senador Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro na cueca. O uso foi derrubado na Justiça em vitória da coligação de Vanderlan.
Outro lado
A equipe jurídica do MDB recebeu a decisão “com surpresa” e vai recorrer, com alegação de que o material foi produzido pelo próprio Vanderlan e não possui qualquer tipo de alteração, como alegado pelo senador.
Proposta apresentada
O deputado estadual Karlos Cabral (PDT) pediu alteração de projeto do governo que reduz o salário de gestores dos Centros de Educação em Período Integral. Os servidores estão com gratificações congeladas há 8 anos e o valor adicional a diretores seria reduzido dos atuais R$ 3,5 mil reais para até R$ 2,5 mil.
Possibilidades
O novo valor das gratificações seria escalonado de acordo com a quantidade de alunos matriculados em sua escola. O deputado solicita manutenção do valor atual a diretores e escalonamento para gestores, além de equiparação salarial entre efetivos e contratados e autonomia para diretores.
Ausência notável
O governo estadual e o Batalhão Rodoviário da PMGO realizam nova operação para conter aglomerações em pontos turísticos de Goiás neste feriado. O detalhe é que o lançamento das ações não conta mais com a presença do governador Ronaldo Caiado, que tem participado até de comícios pelo interior do estado.
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