Os frequentes recordes de calor e desastres ambientais têm intensificado as discussões mundiais sobre a emergência climática. O tema foi abordado na última segunda-feira (4) no canal WebCiência IQ-UFG, do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG). Na ocasião, o professor Vinicius Tomazett falou sobre os impactos da emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e as alternativas para sua utilização sustentável.

O professor pontuou que a Revolução Industrial, responsável por avanços tecnológicos, também deixou como herança o aumento significativo na emissão de CO2. Indústrias passaram a recorrer à queima de combustíveis em suas produções, contribuindo para o acúmulo desse gás na atmosfera. Além disso, ao longo do tempo, a disseminação global do CO2 resultou em inúmeras consequências ambientais, tornando-se uma preocupação central para cientistas em busca de soluções.

Segundo Tomazett, a redução de CO2 na atmosfera nos últimos tempos pós-Revolução Industrial só se deu em crises econômicas ou durante a pandemia de Covid-19. “[Em 2020 e 2021] As pessoas começaram a trabalhar mais em casa, houve menor uso de automóveis, as indústrias começaram a funcionar com horários reduzidos. Então a gente vê a redução nessa emissão de CO2”, apontou o professor.

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Aquecimento Global

O professor destacou que a concentração elevada de CO2 é responsável pelo aquecimento global, explicando as altas temperaturas recentes no planeta. Além disso, o gás é associado a mudanças climáticas abruptas, desastres naturais e ao conhecido efeito estufa.

Diante desse cenário, o palestrante enfatizou a urgência de reduzir a quantidade de CO2 no planeta, propondo ações sustentáveis adaptadas à realidade atual, considerando a interligação com questões econômicas. Informou ainda que a Organização das Nações Unidas (ONU) está atualmente empenhada em direcionar o desenvolvimento econômico de maneira mais equitativa, contemplando os aspectos econômicos, sociais e ambientais.

O professor Vinícius Tomazett (Foto: YouTube/WebCiência IQ-UFG)

Empresas desempenham um papel crucial nesse contexto, coletando e utilizando o CO2 de maneiras inovadoras. Exemplos incluem o armazenamento em tanques e o uso direto como solvente, na carbonatação de bebidas e em extintores de incêndio. O gás também é transformado de forma indireta em combustíveis, produtos químicos industriais como metanol, fertilizantes e materiais de construção, além de carbonatos inorgânicos.

Agenda 2030

Nesse sentido, entre as soluções, segundo o professor Tomazett, estão os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. É o caso da geração de energia limpa (ODS 7) e ações para combater as mudanças climáticas (ODS 13).

“É poder explorar os recursos naturais de maneira a atender os nossos interesses, mas sem destruir o ambiente, para que gerações futuras consigam fazer o mesmo”, afirma. “E a Organização das Nações Unidas, uma organização intergovernamental, se reúne com este objetivo, de direcionar o desenvolvimento da economia de maneira a atender os aspectos econômicos, sociais e ambientais de maneira mais justa”, afirmou o professor.

Com informações do Jornal da UFG

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) ODS 07 e 13: Energia Limpa e Acessível e Ação Global Contra as Mudanças Climáticas, respectivamente

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