No livro, O Ensino da Gramática: Liberdade? Opressão?, o mestre Evanildo Bechara debate, com rica argumentação, que ensinar a norma culta da linguagem é dotar o cidadão de uma das maiores ferramentas de liberdade que alguém pode ter. A obra é magistral e, ao seu final, entendemos que o ensino é sempre libertador. Daí concluímos que o professor é, acima de tudo, um portador de chaves que abre as celas da ignorância para libertar o cidadão através da semeadura.

Ele semeia o conhecimento, semeia a qualificação, semeia a autoconfiança, semeia a luz que clareia as mentes, sentimentos e corações. O pensador Rubem Alves afirma que “há escolas que são asas” e conclui “agradeço aos meus professores por sempre me fazerem voar”.

Estas são definições que cabem nestes seres diferenciados da criação, que acreditam que uma lousa, um giz e sua voz os tornam portadores de chaves, semeadores e implantadores de asas e de tanto acreditar nisto, nos mostram que é verdade.

E o que move seres com esta tendência? Quatro letras respondem: Amor. Não é possível ser professor sem amar com toda intensidade possível o dom para alicerçar caráter, sonho, esperança, perspectiva.

Professor é o dom do amor, transformado em vento que sopra vidas por caminhos melhores. Neste 15 de outubro, Dia do Professor o meu respeito a todos os que abraçam esta responsabilidade, lembrando que o mundo pode ser dividido em dois grandes lados: num deles, os professores; no outro, todos os demais.

A Maria das Graças Rodrigues Ferreira, que passou 35, dos 60 anos que viveu, em sala de aula, sendo exemplar no amor e dedicação ao ofício de ensinar;

E a Norberto Salomão que trouxe a sala de aula para os estúdios do Sistema Sagres de Comunicação, exemplo de plantador semeando conhecimento no ar, dedico esta crônica.

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