Sagres em OFF
Rubens Salomão

Projeto na Alego pretende impedir “vendas apressadas” de ativos pelo Governo de Goiás

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Goiás deverá votar nesta semana projeto que pretende suspender todos os possíveis processos de venda de ativos, desestatização ou desinvestimento autorizados no governo estadual. O texto apresentado pelo deputado Paulo Cézar Martins (MDB) tem relatoria de Wilde Cambão (PSD) e trata especificamente, por exemplo, da situação da Celg GT, que tem leilão na B3 previsto para o segundo semestre.

Ouça a coluna Sagres em OFF:

O autor da matéria argumenta que “com a queda na demanda de bens e serviços, os preços dos ativos caem, criando, dessa forma, um ambiente de ofertas hostis”. PC Martins aponta que o contexto de pandemia faz com que as ações despenquem e as companhias se tornam “presas fáceis para investidores e fundos de capital privado”. O deputado ainda afirma que é necessário preservar as empresas estratégicas e rejeitar “vendas apressadas pela queda brusca dos preços”. Segundo ele, “é preciso adotar uma resposta contundente de não vender empresas estratégicas quando seu valor de face é muito menor que seu valor real”.

O emedebista define que a Celg GT, que consta na lista de privatizações pelo Governo de Goiás, não deveria ser vendida. Ao menos, não por enquanto. “Somente no ano de 2020, ela distribuiu R$ 71 milhões em dividendos ao Estado. Na prática, a proposta entregaria para os acionistas privados não só a rentabilidade, mas também o controle de geração de energia hidrelétrica e das linhas de transmissão de energia elétrica pertencentes à companhia e estratégicas para Goiás”. Se for aprovado na CCJ, o projeto precisa de duas votações em plenário, antes de ser enviado à sanção ou veto do governador Ronaldo Caiado (DEM).

Foto: Central de Operação da Celg GT, estatal com processo mais adiantado para venda. (Crédito: Divulgação)

Lista

Além da Celg GT, o governo estadual tem autorização para negociar 49% da Saneago em oferta pública inicial no mercado (IPO), além da venda da Indústria Química do Estado de Goiás (Iquego), Agência Goiana de Gás (GoiasGás), Goiás Telecomunicações (GoiasTelecom) e Metrobus.

Em caixa

A expectativa governo quando da aprovação das desestatizações na Assembleia Legislativa, em dezembro de 2019, era arrecadação de R$ 1,5 bilhão com a venda das estatais e economia de R$ 100 milhões referentes a repasses financeiros às empresas.

Sine die

Inicialmente marcado para 13 deste mês de maio, o leilão de privatização da Celg GT foi adiado para o segundo semestre, em data a ser definida. A CelgPar, empresa pela qual o governo estadual controla a Celg GT, informou que recebeu pedido, por parte de investidores interessados, de prazo maior para análise de documentos e da viabilidade de segregação dos ativos de transmissão e geração.

Plano de trabalho

Vereadores membro da CEI da Enel, na Câmara Municipal, começam a apresentar requerimentos na próxima reunião, quinta-feira (27). O plano de trabalho prevê quatro fases para a investigação. A primeira buscará o diagnóstico sobre o serviço prestado em Goiânia, com depoimentos de consumidores.

Foto: Relator da CEI da Enel, Ronilson Reis (Podemos), e presidente, Mauro Rubem (PT). (Crédito: Divulgação)

Sequência

Na segunda fase, os vereadores pretendem ouvir prestadores de serviços da Enel para apurar a situação da rede de distribuição de energia elétrica. Na terceira fase, serão buscadas avaliações das instituições responsáveis pela fiscalização, com destaque à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A quarta fase terá depoimentos da própria Enel, define o presidente, Mauro Rubem (PT).

Instalada

Também já trabalha na Câmara de Goiânia a Comissão Especial de Inquérito (CEI), que tem objetivo de apurar crimes ambientais na região Norte de Goiânia, com foco principal no Jardim Guanabara. O bairro concentra denúncias de desrespeito, principalmente relacionado a grandes condomínios fechados na região, segundo afirmam os vereadores.

Comando

A CEI será presidida pelo vereador Sargento Novandir (Republicanos), autor do requerimento de criação da comissão. O vice-presidente será o vereador Leandro Sena (Republicanos) e o relator, o vereador Thialu Guiotti (Avante).

Foto: Membros de CEI sobre crimes ambientais após primeira reunião de trabalho. (Crédito: Divulgação)

Ambiental

A comissão busca possíveis infrações ambientais e regulamentares na construção de condomínios, com destaque à área de preservação permanente (APP) às margens do Córrego Pedreira, além do descarte ilegal de esgoto. A CEI tem prazo de 60 dias, mas poderá ser prorrogada.

Punição

O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) apresentou à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara requerimento cobrando informações do Ministro da Defesa, Walter Braga Netto, sobre abertura de procedimento disciplinar contra o general Eduardo Pazuello. O processo se daria em razão da participação do ex-ministro da Saúde em manifestação política, ao lado do presidente Jair Bolsonaro, neste domingo (23).

Evidente

“Está claro que Pazuello infringiu o Estatuto dos Militares. Além de não ter o direito de participar desse tipo de manifestação, o general ainda infringiu as leis do Rio de Janeiro, que proíbem aglomerações e circular sem a máscara”, afirma o parlamentar.

Mais Lidas:

Sagres Online
Privacy Overview

This website uses cookies so that we can provide you with the best user experience possible. Cookie information is stored in your browser and performs functions such as recognising you when you return to our website and helping our team to understand which sections of the website you find most interesting and useful.