Integrantes da Comissão Nacional de Clubes – CNC – participaram nesta segunda – feira (23) de uma videoconferência para discussão da proposta feita pela entidade à Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol – FENAPAF. A intenção é conceder 20 dias de férias coletivas aos jogadores e diminuir 25% dos salários na tentativa de diminuir despesas por causa da paralisação no futebol brasil devido ao coronavírus.

O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, é um dos líderes do movimento, que deve manter a discussão pelos próximos dias. No Goiás, quem falou sobre a proposta foi o vice – presidente jurídico Dyogo Crosara, que em entrevista para o repórter André Rodrigues, da Sagres 730, ressaltou o alto custo que tem um clube de futebol.

Dyogo Crosara (Foto: Rosiron Rodrigues/GEC)

“É um momento complicado para todos os clubes. Como todos sabem, são muitas despesas, especialmente os clubes da Série A com contratos com jogadores e contratos muitos caros. Todos têm obrigações com direitos de imagens, INSS, FGTS, além da parte administrativa e da própria logística dos jogos”, disse Crosara, que reconheceu que o Goiás ainda tem caixa para sobreviver ao início da crise, porém fez um alerta.

“Goiás está preparado para neste primeiro momento sobreviver a essa crise, mas isso não significa dizer que não são necessárias medidas. A receita e os valores que, por ventura, o clube possa ter, não vão durar esse semestre inteiro e nós sabemos que essa calamidade pode gerar uma paralisação por todo semestre”.

Um dos pontos da proposta da CNC – o de férias coletivas para os jogadores – agrada Dyogo Crosara, especialmente porque pode readequar o calendário por causa da paralisação.

“O que a gente verifica hoje, é que alguns pontos, como o de férias coletivas, já deve ser aplicado na semana que vem, e está prevista pela medida provisória 927 editada nesta madrugada de segunda pra terça pelo governo federal e começará a ser implantada. É muito importante, porque ela vai tirar aquelas férias que os atletas teriam direito lá em dezembro, como foi nesse ano, o que é importante para a reposição do calendário”, disse Crosara, que também destacou os pontos negativos da discussão.

“Os pontos negativos dessa situação, é que os clubes terão que ter uma negociação com cada um dos sindicatos e muitas coisas que nós queremos, como por exemplo, a redução salarial caso isso se mantenha por mais meses, acima dos 25% como é previsto pela CLT, teria que ser objeto de uma outra norma ou projeto de lei”

Quanto a atuação da Comissão Nacional de Clubes, Dyogo Crosara afirma que é importante, afinal o problema seja de todos, embora alguns tenham situações mais graves. O dirigente também lembrou que cada acordo só terá validade depois de discutido e aprovado no sindicato de cada estado.

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