Marcado por incertezas e perdas devido à pandemia do novo coronavírus, o ano de 2020 está chegando ao fim. Sendo assim, a expectativa de renovo é para o próximo ano, principalmente com a distribuição da vacina, dando esperança a todos por uma retomada da vida normal, sem a doença. O Sagres Sinal Aberto deste sábado (12), entrevistou a psicóloga Pollyana Vila para falar sobre este aguardo de 2021.

“É muito complicado pensar no fim da doença e com a vacina não é garantia de que a pandemia vai acabar, em questão de isolamento”, salientou a psicóloga.

Entretanto, Pollyana destacou que este momento está servindo para todos olharem para suas próprias vidas e repensar a perspectiva do viver e sentir. Além disso, afirmou a importância de se ter esperança na vacina e na virada de ano.

Por outro lado, é preciso ter cuidado com o grau de expectativa depositada. Segundo a psicóloga, mesmo uma esperança positiva pode causar uma frustração muito grande no retorno a vida como era antes.

“Estamos falando de uma ansiedade que vem de forma muito agradável, a fé de uma possibilidade da gente não ficar com aquela outra ansiedade, que vem do medo da pandemia, medo da doença em si… Tem pesquisas que apontam que não tem como voltar a ser como era antes. Pode ser que a pandemia venha amenizando, mas não é uma questão de estar livre”, contou.

Por fim, comentou como a política interfere socio-culturalmente na expectativa de um ano melhor e a postura diante da pandemia.

“Nós precisamos da lei, da ordem para nos guiar de alguma forma. Tem alguns países que se mantém em lockdown, as pessoas estão proibidas de transitar de um lado para o outro, não ir à festinhas. A gente percebe no Brasil, em Goiás, que houve um afrouxamento nessas questões. Eu acredito que principalmente por posicionamento político”, finalizou.

Mariana Tolentino é estagiária do Sistema Sagres de Comunicação, em parceria com Iphac e a Unialfa sob supervisão da jornalista Letícia Martins