CAMILA TURTELLI / BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) – Escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como líder do governo na Câmara, o deputado federal José Guimarães (PT-CE) reafirmou o apoio do Planalto à reeleição dos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Segundo Guimarães, os compromissos de Lula serão mantidos e o PT não “criará caminhos” para esvaziar os acordos já feitos. Ele disse que o PT espera ficar com a presidência da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), a mais importante da Câmara dos Deputados.

“Temos uma definição já feita antes mesmo do anúncio do ministério, estamos comprometidos com a reeleição do atual presidente. Tanto do Arthur Lira, quanto com o Rodrigo Pacheco. Portanto, nós não vamos criar caminhos que dificultem esse diálogo que foi muito importante para a gente aprovar a PEC [da Transição]”, disse Guimarães. “Na nossa opinião, não [há espaço para outros candidatos]. Do PT, não. Nós temos esse compromisso e vamos honrar. Porque palavra dada aqui vale mais do que papel. Vamos discutir agora a formação dos blocos para saber o tamanho de cada legenda na composição de 1º de fevereiro.”

QUAIS SÃO AS PAUTAS PRIORITÁRIAS NO CONGRESSO

Guimarães disse haver clima para tocar pautas de consenso na Câmara, apesar de os partidos da base de Lula até agora não somarem maioria para mudanças constitucionais. O líder do governo evitou estimar o número de parlamentares na base do petista.

O PT vai negociar espaços com Lira no comando da Câmara

“Quero atrair o conjunto do Parlamento para determinados temas de interesse do país. Tem temas que são de interesse do país e evidentemente unem o Parlamento como um todo. A questão fiscal, a reforma tributária, a questão do pacto com os governadores. Tudo isso deve unificar o Parlamento. E ficam aquelas pautas mais específicas, que são muitas vezes divergentes e dependem de maioria ou minoria”, afirmou. “Início de governo é sempre muito trabalho. Não é assim, está consolidada a base. Estamos iniciando o governo, tivemos que iniciar o governo antes de tomar posse. E, a partir de segunda-feira (2), é mão na massa, trabalho, articulação e diálogo com o Parlamento, que é o que sabemos fazer.”

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