A Publicitária Marcela Selani de Assunção, de 35 anos, foi assassinada na casa do acusado Raimundo Pereira no Carmo Filho, de 39 anos, no Bairro Ilda, em Aparecida de Goiânia. Após asfixiá-la, Raimundo colocou o corpo no porta-malas do carro na própria vítima, um Focus preto, amordaçando-a e amarrando os pés da mulher.

O Capitão Valteídes Inácio afirma à repórter Nathália Lima que vizinhos ouviram os gritos de Marcela, e quando o autor do crime se preparava para sair com o veículo, ele foi abordado por policiais militares.

“Eles visualizaram o veículo pelo portão, e ao se aproximar, perceberam o corpo de uma mulher no porta-malas de um veículo. Os policiais adentraram no interior da residência, depararam com o autor na cozinha, lavando as mãos”, relata.

Raimundo já tinha passagens pela Polícia por cinco homicídios, um furto e um roubo, além de um mandado de prisão pela Lei Maria da Penha. Desde que saiu da cadeia, a cerca de dois anos, o acusado recebia ajuda da família da vítima. O pai da Publicitária, Jorge Martins, relembra que eles se conheceram em uma igreja evangélica, e desde então, tentavam inseri-lo novamente na sociedade.

De acordo com Jorge, a família nunca desconfiou da atitude de Raimundo. “Nós mandávamos marmitex, quando pensávamos que ele estava com fome. Ele pediu uma ajuda, e ela saiu de casa falando que iria ao banco. Nesse meio tempo, ele deve ter ligado para ela pedindo carona. Ele é um monstro, um animal. Todos gostavam dele, ele era da igreja, e ninguém imaginava”, declara.

Raimundo não soube explicar o motivo do assassinato. O Capitão Valteídes Inácio destaca que a família confiou na recuperação do cidadão. No dia anterior, o autor tinha ido à residência da família alegando que tinha uma palavra de Deus para Marcela, e segundo os familiares, ele queria o telefone dela. Ao ser questionado a motivação do assassinato, o acusado afirmou: “Ela vive me tirando”. Marcela morava com os pais no Jardim Atlântico, em Goiânia, e estava noiva.