O número de agência bancárias no país caiu 8,4% entre 1990 e 2007, de acordo com um estudo divulgado nesta terça-feira (7) pelo Ipea. Segundo o levantamento, a quantidade de estabelecimentos diminuiu em 1.688 no período, passando de 19.996 em 1990 para 18.308 em 2007.

 

Conforme o Ipea, essa redução aconteceu na contramão da tendência registrada em outros países. Nos EUA, por exemplo, a quantidade de agências apresentou elevação de 55,1% no mesmo período, passando de 50.858 para 78.867.

 

Habitantes por bancos

Com a redução nas agências, aumentou a quantidade média de pessoas atendidas por cada estabelecimento no país. De acordo com o Ipea, até a década de 1980, para cada agência haviam cerca de 7,4 mil brasileiros. Essa relação aumentou ao longo da década de 1990 e, em 2007, esse participação era de cerca de 10,1 mil pessoas por agência.

 

No entanto, a distribuição dessas agências apresenta números muito diferentes, de acordo com a região. Em São Paulo e Santa Catarina, onde existem a maior densidade bancária, existem cerca de 6,8 mil habitantes por agência; já no Piauí e no Maranhão, este indicador ultrapassa 25 mil pessoas para cada estabelecimento.

 

Concentração

O estudo mostrou também que as agências bancárias estão mais concentradas nas capitais brasileiras do que nas cidades do interior. Em 2006 havia em média um agência para cada grupo 7.2 mil habitantes das capitais, enquanto entre a população do interior essa média era de 11.7 mil residentes para cada estabelecimento. O estudo destaca ainda o fato de que não existem agências de bancos em 505 cidades, o que corresponde a 9% do total de municípios do Brasil.

 

O número de 10 mil pessoas atendidas por agência no Brasil é bastante superior ao registrado em outros países. Comparado com a Espanha, que atende cerca de 1,1 mil pessoas por banco, o indicador chega a ser 10 vezes maior. Já em relação aos EUA, que possuem 3,3 mil habitantes por estabelecimento, o número é cerca de três vezes superior.