A carga viral do SarsCov-2 no esgoto de Goiânia voltou a subir desde o mês de dezembro e atingiu sua mais alta concentração do vírus na segunda semana de janeiro, sendo a maior registrada desde 18 de agosto de 2021.

Sobre o tema, a professora do Instituto de Química da Universidade Federal de Goiás (UFG) e coordenadora do projeto de monitoramento da Covid-19 em águas residuárias de Goiânia, Gabriela Duarte, disse em entrevista à Sagres nesta segunda-feira (24) que o monitoramento é feito pela Universidade desde o mês de maio de 2021, e que atingiu seu maior número neste mês.

“As análises são feitas semanalmente desde maio de 2021. A Estação de Tratamento de Esgoto de Goiânia faz a coleta e envia ao laboratório onde realizamos o processamento da amostra para isolar o RNA e os fragmentos do vírus que se encontram na água do esgoto. Depois de purificada e isolada, a amostra é submetida a um teste de PCR, que verifica a quantidade viral presente”, explica a professora.

Ainda segundo a especialista, não é possível contrair a Covid-19 por meio de água contaminada. Apesar de não ser transmissível desta maneira, a análise é de extrema importância para identificar o aumento dos casos de contaminação na população.

“O objetivo é monitorar o percentual de carga viral em relação a população, sabendo que os dados clínicos são subnotificados. O esgoto consegue trazer um reflexo mais real de como está a transmissão, sendo possível perceber aumento ou queda da propagação na cidade com até duas semanas de antecedência, antes mesmo dos casos começarem a subir nas unidades de saúde”, revela a professora.

Confira a entrevista completa:

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