Uma recente pesquisa Datafolha revelou que as queimadas estão impactando significativamente a saúde de moradores em grandes capitais brasileiras, como Belo Horizonte e São Paulo. O levantamento, realizado em setembro de 2023, utilizou uma escala de 0 a 10 para medir o impacto das queimadas, onde 0 significa nenhum efeito e 10 representa o maior impacto possível.

As cidades que apresentaram a maior preocupação foram Belo Horizonte, com 44% dos entrevistados relatando impactos sérios (notas 9 ou 10), e São Paulo, com 40%. No entanto, nem todos compartilham dessa percepção alarmante, já que 14% dos moradores de Belo Horizonte e 13% dos paulistanos avaliaram que as queimadas pouco afetaram sua saúde, atribuindo notas entre 0 e 3.

Além de Belo Horizonte e São Paulo, o estudo também incluiu as capitais Recife e Rio de Janeiro. Na capital pernambucana, 27% dos entrevistados sentiram um grande impacto na saúde devido às queimadas, enquanto 29% dos cariocas relataram o mesmo.

Contudo, em Recife, 34% dos entrevistados disseram que as queimadas não afetaram significativamente sua saúde, número semelhante ao Rio de Janeiro com 29%. Com uma margem de erro de três pontos percentuais, a pesquisa ouviu 1.204 pessoas em São Paulo, 1.106 no Rio de Janeiro, e 910 em Belo Horizonte e Recife.

Preocupação com mudanças climáticas

Além das queimadas, a pesquisa também investigou a percepção dos riscos associados às mudanças climáticas. Nas quatro capitais analisadas, a maioria dos entrevistados vê as mudanças climáticas como uma ameaça imediata:

  • 76% dos moradores de Belo Horizonte consideram as mudanças climáticas um “risco imediato”.
  • 71% dos paulistanos compartilham dessa opinião.
  • 66% dos cariocas acreditam que as mudanças climáticas são uma ameaça iminente.
  • 59% dos recifenses têm a mesma preocupação.

Apesar disso, uma parte da população ainda vê as mudanças climáticas como um problema de longo prazo:

  • 20% dos moradores de Belo Horizonte acreditam que é um risco futuro.
  • 23% dos entrevistados em São Paulo concordam com essa visão.
  • 27% dos cariocas enxergam o problema como algo distante.
  • 28% dos recifenses também avaliam as mudanças climáticas como um risco para o futuro.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 03 – Saúde e Bem-Estar

Leia também: