Junior Kamenach
Junior Kamenach
Jornalista, repórter do Sagres Online e apaixonado por futebol e esportes americanos - NFL, MLB e NBA

Quintal da Nêga une samba raiz e aquilombamento

Em meio ao calor de Goiânia, um refúgio de samba e aquilombamento tem ganhado cada vez mais espaço na cena cultural da cidade. O Quintal da Nêga, que comemora três anos de existência, se tornou um dos principais eventos da cidade para os amantes do samba de raiz.

O projeto cresceu e se consolidou como um ponto de encontro para a comunidade preta e admiradores da cultura afro-brasileira.

“A gente sempre se reuniu com os amigos para fazer um samba, comer uma feijoada, tomar uma caipirinha. Em 2022, resolvemos abrir essa festa para mais pessoas. Deu certo e estamos aí até hoje”, conta o sambista Diego Mendes, em entrevista ao Tom Maior do Sistema Sagres.

Espaço de resistência

Além disso, o Quintal da Nêga é mais do que uma roda de samba: é um espaço de resistência e aquilombamento. “A ideia é que o quintal seja um ambiente onde as pessoas se sintam acolhidas naquilo que elas são, com suas particularidades, com suas originalidades”, explica Diego.

Sendo assim, o evento tem sido um palco importante para o protagonismo negro na música e na cultura, promovendo apresentações de grandes nomes do samba e dando visibilidade a talentos locais.

Então, uma das marcas do Quintal da Nêga é o destaque para as mulheres no samba. “O samba em Goiás é dominado, felizmente, pelas mulheres. Elas fazem um trabalho incrível trazendo as pessoas para a roda”, diz Diego.

Além disso, da música, o Quintal da Nêga preserva e reverencia a história do samba. Nesse sentido, o evento homenageia grandes nomes do gênero, além de figuras locais que ajudaram a pavimentar a cena do samba em Goiás. “O samba tem essa característica de fazer o novo sem esquecer da ancestralidade, e a gente faz questão de manter essa tradição viva”, ressalta Diego.

Celebração

A celebração dos três anos do Quintal da Nêga acontece no próximo domingo, 9, a partir das 13h, na Chácara da Agip, próximo ao Campo Samambaia. O evento terá feijoada liberada, open bar de caipirinha, e o público pode levar sua própria bebida (desde que não seja em recipiente de vidro).

“A gente quer ver essa cidade explodir de samba, de negritude, de beleza negra. Queremos todos e todas lá para celebrar essa história com a gente”, convida Diego.

O Quintal da Nêga prova que o samba em Goiás está mais vivo do que nunca – e que a cultura afro-brasileira segue pulsante, forte e cheia de história para contar.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), na Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). ODS 10 – Redução das Desigualdades

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