Foto: Arquivo / Sagres

A Universidade Federal de Goiás (UFG), anunciou a suspensão de editais de bolsas e redução os funcionários terceirizados. As medidas são por causa do corte de R$ 926 milhões anunciados pelo Ministério da Educação, o chamado contingenciamento. O reitor da Universidade Federal de Goiás (UFG), Edward Madureira, disse em entrevista à Sagres 730, nesta segunda-feira (26), que o bloqueio de recurso de 30% inviabiliza o funcionamento das universidades em todo país e que a situação está se agravando no segundo semestre

“A situação da UFG não é diferente das demais universidades e aquilo que eu falava desde o final do mês de abril vai se configurando”, afirmou. “Nós conseguimos com muita dificuldade, manter a universidade funcionando agora no mês de agosto, no mês de setembro com problemas se agravando e se não houver o efetivo desbloqueio dos recursos, nós teremos um mês de outubro absolutamente imprevisível, com um sério risco de interrupção de atividade”, completou.

O reitor relembrou que desde a votação do projeto de lei do Congresso Nacional, o PLN 4 (que aprovou crédito suplementar de R$ 248,9 bilhões ao governo federal), foi pactuado com a líder do governo que haveria o retorno de R$ 1 bilhão para o sistema da educação. Segundo Edward Madureira o recurso não apareceu e agora, no segundo semestre, houve uma reunião com a Frente Parlamentar Mista pela Valorização das Universidades Federais, que envolveu também a Comissão de Orçamento.

“Há duas semanas atrás, houve uma reunião no Ministério da Educação, onde o ministro sinalizou o desbloqueio dos recursos a partir de setembro, na semana passada o secretário de Educação Superior, Arnaldo Lima, esteve conosco no Conselho Pleno Andifes e reafirmou esse desbloqueio”, detalhou.

Sobre o programa Future-se, apresentado pelo Ministério da Educação (MEC), o reitor da UFG explicou como está o andamento. Segundo ele, por enquanto, há uma minuta do Projeto de Lei que está em consulta pública nessa semana, depois que o projeto seguirá para o Congresso Nacional. Enquanto isso, as Comissões irão discutir e aprofundar sobre assunto da minuta, que para ele, deixa muitas “lacunas”.

“No Congresso Nacional que será o grande debate a respeito [do programa Future-se], as Universidades estão se posicionando de maneira mais ou menos uniforme, nosso Conselho Universitário se reuniu na sexta-feira, tirou uma nota que está sendo publicada hoje, falando da questão da minuta do projeto de lei, os pontos que são de preocupação, que são aqueles que ofendem e atacam fortemente a autonomia universitária, reforçando a necessidade que, para discutir o futuro a gente tem que resolver o problema do presente”, afirmou.

Ouça a entrevista com o reitor da UFG, Edward Madureira, na íntegra:

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