A representatividade negra em espaços de poder, nas artes, cinema, literatura, em produtos é uma forma não apenas de mostrar a pluralidade racial brasileira, mas também uma forma de combater o racismo e o preconceito. A consciência negra por meio da educação foi discutida na última edição da Arena Repense.
O coordenador do Centro de Cidadania Negra do Estado de Goiás (CENEG-GO), Aloísio Black, avalia que a educação é ferramenta essencial para a formação de cidadãos conscientes da necessidade da luta pela igualdade racial e pelo respeito às diferenças.
Nem sempre o entendimento sobre a gravidade de temas como discriminação racial, segregação racial, intolerância, entre outros, não é compreendido facilmente por todos. A representatividade aliada a educação é uma forma de quebrar espaços de divisões provocadas pelo racismo.
“A representatividade é tudo. Isso é pedagógico, pois os jovens quando não se veem representados em alguns espaços de poder, isso é negativo para a sociedade. As leis de cotas estão para equilibrar a situação, não podemos posicionar contra, é algo que criamos para equilibrar um jogo desigual”, disse Aloísio Black.
Quando se pensa em representatividade, podemos pensar, por exemplo, em bonecas negras, que trazem os traços de uma pessoa negra e que uma criança se vê representada num brinquedo.
O instrutor da Renapsi do Polo Santa Catarina, José Francisco Irineu, mais conhecido como “Fio” analisa que a representatividade faz parte de movimentos lúdicos, divertidos, de entretenimento para crianças, mas que reflete na vida real.
“Viralizou um vídeo de duas criancinhas negras assistindo um filme e ao ver que a pequena sereia era negra, ficaram felizes, isso vai refletir lá na frente na vida real e isso temos que praticar e trazer o tema à tona”, relatou “Fio”.
Estruturas de combate
Além das cotas raciais em universidades, concursos públicos como forma de reparação histórica, a instalação de delegacias de combate aos crimes de racismo ajudam a estruturar o enfrentamento ao preconceito.
Aloísio Black relata que já houve a instalação de estruturas da Polícia Civil em Goiânia e em Anápolis. Para ele, além do reforço da consciência histórica e reparatória, também vale fazer as conquistas legislativas de proteção a população negra.
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O tema integra o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), ODS 4 – Educação de Qualidade e 10- Redução das Desigualdades.
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