O Legado Verdes do Cerrado, Reserva Particular de Desenvolvimento Sustentável de propriedade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio), realiza há três anos a coleta, armazenamento e conservação de sementes nativas do Cerrado, usadas em projetos de reflorestamento no bioma e recuperação de nascentes.

Em entrevista ao programa Tom Maior da SagresTV, o diretor das reservas Votorantim, David Canassa, afirma que os bancos de sementes têm papel fundamental na conservação da biodiversidade. Trata-se de um trabalho essencial para assegurar a conservação de espécies do Cerrado.

“Nesse território, nós temos 17 tipos de fitofisionomia do cerrado, tudo em um mesmo local. Então, isso nos possibilita ter um banco de matriz genética diferenciado, que já está contribuindo no estado de Goiás, na recuperação de diversas nascentes em várias cidades”, ressalta David Canassa.

O banco de sementes do Legado Verdes do Cerrado está localizado em Niquelândia, município na região norte de Goiás, instalado em um espaço de 32 mil hectares, com tecnologia moderna para conservação do acervo.

A coleta das sementes que compõem o banco é feita na própria área da reserva. É uma atividade manual e a maioria das sementes é coletada no chão, passando depois por limpeza e seleção.

No local avalia-se se a sanidade das sementes (se há fungos ou insetos) e, dependendo da espécie, realizam-se procedimentos adicionais, como no baru e jatobá, que precisam ser despolpados. Em seguida, as sementes são classificadas e pesadas.

As sementes são utilizadas no Centro de Produção de Biodiversidade (CPB) da reserva, que produz mudas de espécies nativas para diferentes tipos de projetos de recuperação de ambientes no Cerrado, além de paisagismo urbano.

“Nós, hoje, estamos com a capacidade de produção de quase 300 mil mudas por ano. Então, o Governo de Goiás solicita para várias prefeituras ou para projetos específicos, que retirem essas mudas conosco. Esse é um trabalho que tem tanto a parte social, dessa parceria, como a parte da própria produção e do próprio serviço de plantio que nós prestamos”, esclarece.

Assista à entrevista na íntegra no Tom Maior #89