Um estreou apenas na 4ª rodada do Goianão, mas estreou deixando sua marca. O outro estreou só na 8ª rodada do 1º turno, no momento que o time estava mais desesperado. Juntos, formaram uma dupla apenas na última rodada do 1º turno, mas foi uma dupla que não mais se desfez. Pipico e Ricardo Jesus não são os salvadores da pátria, mas a partir do momento que começaram a jogar juntos, o Atlético se encontrou na temporada.

Antes da dupla começar a jogar junto no time titular, o Atlético disputou oito jogos e conquistou apenas oito pontos. Depois que formaram a dupla dinâmica, o Atlético conquistou 31 pontos em 12 jogos, incluindo as semifinais e os dois marcaram 16 gols no total. Um desses gols foi marcado por Pipico contra o Goiás, adversário desse domingo. Repetir a dose na decisão é tudo que ele deseja.

“Fiquei feliz de ter entrado e marcado aquele gol no clássico contra eles, infelizmente a equipe não conseguiu segurar no 2º tempo e tomamos o empate. Se a gente empatar nesse 1º jogo, vamos entrar da mesma forma no 2º jogo, sempre buscando a vitória. Temos que manter o que gente vem fazendo nos últimos jogos, é isso precisamos, manter a regularidade”

Wesley Henrique Lima Silva e Silva, o Pipico, iniciou a carreira como profissional pelo Floresta/RJ, aos 21 anos, em 2007. De lá, foi para a Cabofriense, Bangu (onde foi indicado a melhor atacante do Carioca de 2011), Macaé, Vasco em 2012 até chegar ao Atlético nessa temporada. Uma das características que tem empolgado o torcedor rubro-negro é o fato do jogador sempre atuar na direção do gol, de forma agressiva, algo que falta em muitos atletas.

Pipico JulianoJá seu companheiro é um artilheiro nato. Ricardo Jesus da Silva, atleta de 27 anos, já rodou pelo futebol russo, atuando no CSKA Moscou, mas foi na Ponte Preta que ganhou prestígio, ao marcar 19 gols na Série B de 2011. Agora, o atacante também lidera a corrida pela artilharia e vê o adversário dessa final, Walter, bem próximo, com 10 gols, nessa que é uma disputada paralela.

“É uma disputa à parte, o confronto na verdade é Atlético e Goiás e acho que a artilharia vai ser um mero detalhe, a gente tem que concentrar para sair com a vitória. Tenho que tentar fazer os gols sim, mas o mais importante para qualquer currículo de jogador de futebol é conquistar o título”

Ricardo Jesus estreou no Atlético marcando um gol, no jogo contra o Rio Verde, no empate por 1 a 1, mas o centroavante só deslanchou quando Pipico entrou no time. Perto de encarar uma decisão, o atacante pregou o respeito ao adversário e fugiu da polêmica, algo com o qual teve de arcar em episódio que se disse melhor que Walter. Agora, a receita para o artilheiro é a vontade total em campo.

“A melhor receita é a luta, ainda mais se tratando de um clássico estadual, uma decisão que não é só 90 minutos, é de 180 minutos, então exige muita concentração. Por se tratar de uma final, tem que jogar com o regulamento debaixo do braço, mas isso não pode ser uma tônica dos jogos, a vantagem não pode ser algo que pese na forma de jogar”