Roberto Balestra (Foto: Reprodução/ Internet)

O deputado federal Roberto Balestra (PP) concedeu uma entrevista exclusiva à Rádio 730 nesta quarta-feira (07). Durante a entrevista, o deputado comentou as articulações políticas que o PP tem feito pensando nas eleições de 2018.

Alexandre Baldy

Com praticamente os dois pés dentro do PP, o atual ministro das Cidades, Alexandre Baldy, é um dos nomes que estão cotados para assumir o comando regional da sigla em Goiás. Se essa especulação for confirmada, a gestão do atual presidente do PP Goiás, senador Wilder Morais, poderia ficar esvaziada.

No ano passado, Balestra fez duras críticas a Wilder e chegou a dizer que o senador não tinha legitimidade para presidir a legenda. Questionado a respeito das consequências de uma possível troca de comando no PP Goiás, o deputado ressaltou que é preciso ter cautela.

“O ministro Alexandre tem todas as suas qualidades, mas para poder assumir ele marcaria pontos se viesse de baixo para cima, se tivesse um relacionamento harmonioso, de construção. Mas, feito na base da truculência, do jeito que o presidente nacional quer, fica difícil. É um partido (PP) que já fez governador, muitos deputados e prefeitos e agora está se vendo como um partido de aluguel”, afirma.

Articulações

Nos últimos meses, Wilder Morais, que deseja candidatar-se ao senado neste ano, tem conversado com políticos de oposição ao governador Marconi Perillo (PSDB). Historicamente, o PP sempre se manteve na base governista. Ao analisar a situação, Balestra avaliou as consequências de um possível apoio do PP à candidatura de Ronaldo Caiado (DEM) ou à candidatura de Daniel Vilela (MDB), principais pré-candidatos da oposição ao governo.

“Ditadura sempre teve. Na última eleição, quando o governador Alcides estava no comando e o presidente Sérgio Caiado era o indicado dele, nós ficamos de fora. Eles fizeram o acordo, fizeram a convenção, lançaram um candidato e nós ficamos de fora, fomos apoiar o Marconi. Ele (PP) hoje é um partido de aluguel. Hoje tem uma cúpula que negocia”, alfineta o deputado.

Reforma da Previdência

No que diz respeito ao cenário político nacional, o deputado falou sobre o clima em Brasília para a votação de uma das reformas mais polêmicas propostas pelo governo do presidente Michel Temer (MDB), a reforma da previdência.

No intuito de aprovar a reforma o mais rápido possível, o governo admitiu que poderá fazer ajustes no texto do projeto. Favorável à reforma, Roberto Balestra defende que é preciso mexer na previdência para manter as contas públicas em ordem.

“Eu acho que você não consegue nada perfeito. O projeto pode sofrer alterações. É impossível fazer omelete sem quebrar ovos, alguma coisa que não devia acontecer as vezes acaba acontecendo. As Forças Armadas tem um estatuto diferente, eles tem direitos diferentes, deve ser em torno disso que o governo está se pautando”, resume.

Acompanhe a entrevista completa:

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