O principal tema da edição 248 do videocast Sagres Internacional é a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN). O jornalista Rubens Salomão e o professor de geopolítica Norberto Salomão debatem sobre o que está por trás do maior exercício militar desde a Guerra Fria.

Para atualizar a questão da OTAN, o professor contextualiza a criação da organização. A OTAN está no centro do conflito entre Rússia e Ucrânia que começou no dia 24 de fevereiro de 2022 e ainda está em curso. A expansão da aliança atlântica é justamente a tensão atual no leste da Europa. Aliança militar de grandes potências europeias, a OTAN foi criada para combater a Alemanha, mas sempre focou suas atividades contra a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), atual Rússia.

A organização tem 12 membros fundadores: Estados Unidos, Reino Unido, Bélgica, Canadá, Dinamarca, França, Islândia, Itália, Luxemburgo, Holanda, Noruega e Portugal. No entanto, ao longo anos aderiram à aliança Hungria, Polônia, República Checa,  Bulgária, Estônia, Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia, Eslovênia, Albânia, Croácia, Montenegro e Macedônia do Norte.

A possível adesão da Ucrânia é o pano de fundo para a guerra em curso entre o país e a Rússia. Após o início do conflito,a fim de ganhar mais proteção militar, Finlândia e Suécia entraram para a OTAN. Assim como a Ucrânia, a Finlândia também faz fronteira com a Rússia, o que coloca a OTAN militarmente muito perto do país. O cenário atual é que a OTAN começou na quarta-feira (25) o maior exercício militar desde a guerra fria, com 90 mil soldados, 50 navios, 80 aeronaves e mais de 1.100 veículos de combate.

Outros assuntos do programa

O Sagres Internacional aborda também a história do Baluchistão, região que provocou tensão entre Paquistão e Irã. A região paquistanesa não tem presença efetiva nem do Paquistão nem do Irã e é dominada por grupos como Taleban, Frente de Libertação do Baluchistão e o Exército de Libertação Balúchi. O Irã, por sua vez, tem o Sistão-Baluchistão, que faz fronteira com o Baluchistão no Paquistão. 

Do lado iranianao atua o grupo Jaish ul-adl, que luta pela independência da região. Segundo o Irão, o grupo é fortemente ligado à al-Qaeda, do terrorista morto em 2019, Osama bin Laden. A tensão entre Irã e Paquistão envolve ataques iranianos a esses grupos, com resposta paquistanesa em seguida. Mas as duas nações alegam, cada uma, estarem combatendo os respectivos grupos terroristas de seus territórios. 

O terceiro assunto do Sagres Internacional é a eleição presidencial dos Estados Unidos. A dupla do programa levanta os principais temas que envolvem os eleitores a possível disputa entre Joe Biden e Donald Trump, no dia 5 de novembro. Mas, para confirmar essa disputa, os pré-candidatos precisam vencer as primárias democratas e republicanas.

Os temas relevantes para os eleitores estadunidenses abordados no programa são aborto, imigração, economia e política externa. São assuntos que colocam os candidatos em lados opostos e, consequentemente, dividem a população que vota de acordo com a opinião pessoal que tem em relação aos temas.  

Giro Internacional

O Giro Internacional desta semana traz cinco assuntos: o primeiro é a crise diplomática que ameaça a ajuda humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU) em Gaza. O motivo é a suspeita de que funcionários da organização participaram do ataque do Hamas contra Israel no dia 7 de outubro de 2023.

Rubens e Norberto também falam sobre a corrida à lua que ganhou um novo concorrente, pois o Japão tornou-se o 5º país do mundo a pousar na Lua. Falam também dos protestos pró-Evo Morales que deixaram 2 mortos e 11 policiais feridos na Bolívia. Além disso, também são assuntos: a paralisação geral na Argentina de Javier Milei e a primeira reunião do ano do Mercosul. Virou o ano, mas a agenda segue a mesma, as negociações por um acordo com a Europa.

Assista tudo isso com profundidade nesta quarta-feira (31), às 20h, na Sagres TV ou no canal do Sistema Sagres no Youtube.

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU): ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes

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