(Foto: Sara Piteira)

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O Reino Unido deve deixar a União Europeia no dia 29 de março, mas o governo e o parlamento ainda não conseguiram decidir exatamente como isso será feito. Os britânicos votaram pelo Brexit em uma vitória apertada em 2016. No podcast desta semana, Rubens Salomão e o prof Norberto Salomão, analisam os desafios para consolidar esta saída.

Um acordo proposto pela primeira-ministra, Theresa May, foi rejeitado em janeiro. Desde então o governo tenta encontrar, entre os muitos caminhos possíveis, uma solução para a questão da saída do bloco, conhecida como Brexit.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Jeremy Hunt, admitiu a possibilidade de o país abandonar a União Europeia depois da data marcada. Ele confirmou que pode ser necessário pedir uma extensão do prazo, caso a aprovação do tratado jurídico do divórcio aconteça “poucos dias antes” de 29 de Março – a data oficial de saída.

O que é o Brexit?

Brexit é uma abreviação para “British exit” (saída britânica, na tradução literal para o português). Esse é o termo mais comumente usado quando se fala sobre a decisão do Reino Unido de deixar a União Europeia.

Quando ocorreu o referendo sobre o Brexit

O referendo sobre a permanência do Reino Unido na União Europeia foi um plebiscito que aconteceu em 23 de junho de 2016 com o intuito de decidir o futuro do Reino Unido na União Europeia. A permanência britânica no bloco econômico tem sido controversa e é, constantemente, motivo de debates desde que o país se juntou à Comunidade Econômica Europeia (CEE, ou “mercado comum”) em 1973. A votação terminou como uma vitória para os que eram favoráveis à saída do Reino Unido da União Europeia com 52% dos votos válidos contra 48% daqueles que queriam que a nação permanecesse na EU.

Quem Propôs

Elaborado pelo Partido Conservador, o manifesto que pedia um referendo foi apresentado e aprovado no Parlamento do Reino Unido, em 2015. Essa foi a segunda vez que os britânicos votaram sobre a presença da Grã-Bretanha no bloco. Em 1975, 67% dos eleitores votaram favoráveis à inclusão do país, como um estado-membro da Comunidade Econômica Europeia.

Os defensores da saída do Reino Unido

Os defensores da saída do Reino Unido argumentam que a União Europeia traz um déficit democrático e mina a soberania nacional de seus membros. Para eles, a saída do país permitirá que a nação tivesse maior controle da imigração, gerando uma diminuição pela busca de serviços públicos, habitação e emprego; geraria uma economia de bilhões, devido as taxas pagas pelo país ao bloco e daria autonomia para o Reino Unido firmar seus próprios acordos comerciais, libertando-se da burocracia e das políticas regulamentadoras da UE, que são classificadas por eles de “desnecessários e caros”.

Os contrários a saída do Reino Unido

Os que querem a permanência do país, listam que a saída do país do bloco geraria um risco a propriedade nos países-membros do Reino Unido; haveria uma diminuição da influência sobre assuntos internacionais; colocaria em risco a segurança nacional, uma vez que o país não contaria com o acesso ao banco de dados comum de criminosos da Europa; além de acabar esbarrando em barreiras comerciais entre o Reino Unido e a União Europeia. Além disso, eles ainda argumentam que a decisão de saída, geraria a perda de empregos, atrasos nos investimentos e traria riscos paras empresas britânicas. Afirmam ainda que em um mundo com muitas organizações supranacionais, qualquer perda de soberania é compensada por benefícios da adesão à União Europeia.

Quais os possíveis efeitos se o reino unido deixar o bloco sem um acordo?

O “no deal” (sem acordo) significa que o Reino Unido falhou em encontrar um consenso sobre os termos de sua saída do bloco. A princípio, isso significaria não ter um período de transição após o Brexit (29 de março)- neste caso, o Reino Unido cortaria todos os laços com a União Europeia de um dia para o outro.

O governo já começou a fazer um planejamento para preparar o país para essa hipótese mais radical. Publicou, por exemplo, uma série de orientações que abarcam desde passaportes para bichos de estimação ao impacto no fornecimento de energia.

O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, diz que seria um “desastre nacional” se o Reino Unido deixasse a União Europeia sem um acordo. Mas alguns parlamentares defensores do Brexit minimizam o impacto do “no deal” e defendem uma ruptura clara com o bloco europeu.

As frases bem ou mal ditas por aí… 

No quadro com a principal fala da semana,  o destaque fica com o Papa Francisco que enviou mensagem à população dos Emirados Árabes Unidos, antes de viagem a Abu Dhabi e apelou ao diálogo entre as várias religiões. Francisco define que a fé em Deus “une e não divide, aproxima, não obstante a diferença, afasta da hostilidade e da aversão”. “Somos irmãos, mesmo sendo diferentes”, afirma, numa intervenção divulgada pelo Vaticano.

O Papa saúda em árabe a população do país – “Al Salamu Alaikum, a paz esteja convosco”, e disse estar “feliz” por visitar os Emirados Árabes Unidos, uma “terra que procura ser um modelo de convivência, de fraternidade humana e de encontro entre as diferentes civilizações e culturas, onde muitos encontram um lugar seguro para trabalhar e viver livremente, no respeito das diversidades”. Ainda citou que “a riqueza de uma nação não se mede com bens materiais, mas pelos homens que a constroem”.

Francisco agradece ao xheique Mohammed bin Zayed pelo convite para participar no encontro inter-religioso sobre o tema da ‘Fraternidade humana’, em Abu Dhabi. O lema da 27ª viagem internacional do atual pontificado é tirado da oração de São Francisco de Assis: “Senhor, faz de mim um instrumento da sua paz”.

Este encontro foi o primeiro de um chefe da igreja católica a pisar na Península Arábica, o berço da religião islâmica. Os Emirados têm 9,5 milhões de habitantes e cerca de 135 mil católicos, a maioria proveniente de países da Ásia, como Filipinas e Índia

Músicas comentadas neste Episódio

THE BEATLES – REVOLUTION

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Lemon – Kenshi Yonezu

Cantor e compositor japonês de 27 anos. Há 7 semanas no top 1 da  Billboard.

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Ouça +

Sagres Internacional #1: Estreia Sagres Internacional, um programa que traz o mundo para perto de você

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