A chuva e os fortes ventos tentaram roubar as atenções. E até conseguiram por um certo tempo, atrasando as provas do Estádio Olímpico Nílton Santos (Engenhão) na noite desta segunda-feira. Porém, quando a chuva deu uma trégua, as atenções ficaram voltadas à um brasileiro: Thiago Braz da Silva, que fez história no salto com vara.

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O atleta de 22 anos, que é natural de Marília, interior de São Paulo, fez, literalmente, história nesta noite. Superou seus limites (sua melhor marca, conseguida em 2016 mesmo, era de 5m93) e conseguiu saltar 6m03, estabelecendo o novo recorde olímpico. Levou o ouro ao superar o então campeão olímpico (de Londres-2012), o francês Renaud Laevilleni, em disputa emocionante.

Os concorrentes foram saindo da disputa aos poucos. Apenas cinco atletas chegaram até 5m85. E apenas dois tiveram sucesso ao saltar 5m93 e continuaram na luta pelo ouro: Laevilleni, o “francês voador” e o jovem Thiago Braz.

Na disputa, Laeville conseguiu 5m98 (estabelecendo novo recorde olímpico) e o brasileiro arriscou ao tentar a marca de 6m03. O resultado não poderia ser melhor: conseguiu ter sucesso no salto, explodindo a torcida brasileira no estádio e estabelecendo (mais uma vez) o novo recorde olímpico. Após errar duas vezes a marca conquistada por Thiago, o francês tentou saltar 6m08, mas não teve sucesso, para festa brasileira com o inédito ouro na modalidade masculina.

O bronze ficou com Sam Kendricks, dos Estados Unidos, que saltou 5m85. Renaud Laeville segue como atual detentor do recorde mundial: 6m16. Treinado por Vitaly Petrov, Thiago conquistou a décima medalha brasileira nas Olimpíadas 2016, sendo a segunda de ouro (a primeira foi de Rafaela Silva, no judô).