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O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano Rocha Lima, explicou em entrevista à Sagres 730 nesta segunda-feira (23), os motivos da mudança de reitor na Universidade Estadual de Goiás (UEG). Segundo ele, a substituição aconteceu primeiramente porque o reitor interino, Ivano Devilla, renunciou ao cargo na última semana, mas pontuou outras questões.

“Independente dessa renúncia, a universidade vinha há bastante tempo em um caminho bastante complicado, sem perspectivas, a universidade foi durante muitos anos utilizada politicamente, sem se preocupar com o destino da instituição como formadora de profissionais e isso fez ela trilhar em um caminho complicado, que resultou em dois reitores em pouquíssimo tempo renunciando ao cargo, com várias denúncias de irregularidades, estourando orçamento muito acima daquilo que poderia prever e outras coisas”.

Uma vez que a universidade ficou novamente sem reitor, o próprio estatuto define que o governo tem quê nomear até que se conduza a uma normalidade e se convoque novas eleições para que internamente as universidades decida pelo novo reitor. “O prazo é de no mínimo 60 dias, caso chegue nesse e ainda necessite de mais algum tempo para trazer a universidade para normalidade, pode haver um requerimento de extensão desse prazo com as devidas justificativas, onde estamos trabalhando justamente para cumprir”, afirmou. “Os desafios lá dentro são bem grandes, as esperamos conseguir em um curto espaço de tempo, desenvolver com a eleição, voltar à normalidade e tirar essas influências políticas da Universidade e que consiga seguir o caminho que ela deveria sempre ser seguido”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico e Inovação, Adriano Rocha Lima, revelou que até ano passado, os cursos eram abertos sem nenhum critério, sem nenhum estudo de viabilidade do curso e da região. Ele ressaltou que por isso a universidade foi crescendo de maneira desordenada. “Essa estrutura muito pesada fez com que a UEG atingisse um orçamento que o governo não tem como arcar”, afirmou. “ Ela precisa enfrentar esse desafio se reorganizar porque da forma que ela está estruturada ela não tem um destino promissor, ela vai chegar um momento limite que se não ela vai acabar deixando de existir”, concluiu.

Para o secretário, uma das opções para estrutura administrativa é organizar a universidade em institutos. “Não precisa ter uma estrutura administrativa do peso de um campo em cada uma dessas unidades de ensino avançadas, ela pode ser organizada por institutos, por exemplo, pega cursos de Pedagogia, Letras e formar o Instituto de Educação, os cursos Medicina, Veterinária e formar o Instituto de Ciências da Saúde”, sugeriu. “Uma estrutura centralizada que consiste em organizar a universidade, essa é uma das ideias discutidas, mas nós queremos manter a estrutura de distribuição de custos da Universidade”, completou.