O vereador Clécio Alves (PMDB) abordou, pela primeira vez, os parlamentares da oposição na Câmara Municipal para convencê-los da formação de um consenso em relação à escolha do próximo presidente da casa. Clécio é hoje líder do governo e vice-presidente da Câmara e articula apoio político para esta disputa desde antes da eleição municipal, no último dia 07 de outubro.

Até agora, ele e o prefeito Paulo Garcia (PT) tinham realizado reuniões apenas com os cerca de 22 vereadores da base de apoio do Paço na atual legislatura. A oposição estava esquecida no processo até que, depois do fim da sessão ordinária desta quarta-feira (12), Clécio conversou com Geovani Antônio (PSDB), Anselmo Pereira (PSDB), Elias Vaz (Psol) e Virmondes Cruvinvel (PSD), todos opositores reeleitos. O peemdebista tentou, de forma enfática, convencer os colegas da necessidade de a escolha ser feita por meio de um acordo entre a situação e a oposição.

A eleição para a mesa diretora da Câmara será realizada no dia primeiro de janeiro, logo após a posse dos “novos” 35 vereadores. Nos bastidores, esta praticamente encerrada a disputa interna na base da prefeitura. O candidato é Clécio Alves, com as bençãos de Iris Rezende e, consequentemente, do prefeito. O que se ouve é que Paulo inclusive já articula a presença de indicações de PSL (que elegeu três vereadores) e PV (que elegeu dois vereadores) na prefeitura, em meio ao processo de reforma administrativa. A intenção é, basicamente, trocar uma ou outra secretaria extraordinária por votos a Clécio para a presidência.

Paulo Borges (PMDB), Célia Valadão (PMDB), Djalma Araújo (PT) e até Denício Trindade (PMDB) são cartas fora do baralho. Já a oposição, que chegou a cacarejar a possibilidade de angariar 20 ou 22 votos para um candidato alternativo à base, está atolada em reuniões isoladas e longe de uma unidade. Os vereadores esperam ansiosamente (e devem continuar esperando) a entrada do governador Marconi Perillo (PSDB) no processo. O tucano prefere, assim como fez com a candidatura de Jovair Arantes (PTB) à prefeitura, ficar mais afastado e sem influenciar diretamente na articulação.

A possível participação de Perillo depende da organização própria dos parlamentares. Ou seja, eles deveriam se articular e levar um projeto pronto ao governador e, talvez assim, ele entraria no processo. Geovani e Anselmo têm o claro desejo de candidatura, mas, racionalmente, o melhor nome seria o de Virmondes Cruvinel (PSD), que não tem desgastes entre os vereadores e foi o mais bem votado em 2012 (8.572 votos). Mas sem a unidade suficente para a organização em torno de um nome da oposição, a tendência é que Clécio Alves não tenha dificuldades para confirmar a indicação de Iris e Paulo.

 

@rubenssalomao

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