A campanha Setembro Verde tem o objetivo de prevenir o câncer colorretal, popularmente conhecido como câncer de intestino.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), este é o segundo tipo de câncer mais comum nas mulheres e o terceiro mais frequente nos homens. A estimativa é que até o final de 2017, 34.280 pessoas devem sofrer com o problema.

O cirurgião do aparelho digestivo, endoscopista e doutor em Cirurgia pela Universidade de São Paulo (USP), o médico gastroenterologista, Luiz Henrique de Sousa, concedeu entrevista exclusiva no Cidadania em Destaque desta segunda-feira (25). O especialista frisou os grupos considerados de risco em relação à doença.

“Está localizado em uma faixa etária acima dos 30 anos, com prevalência maior a partir dos 50. Entretanto, a prevenção cada vez mais cedo está sendo indicada naquelas pessoas que têm alguns hábitos característico de alimentação como comedor de carne vermelha, de comer desordenadamente frituras, gordura animal, as que têm uma vida sedentária. Enfim, pessoas que têm uma dieta pobre principalmente em fibras vegetais”, ressalta.

Ainda segundo Luiz Henrique de Sousa, cerca de 10% a 15% das pessoas têm uma probabilidade genética de adquirir a doença. Ele explica que existem dois subgrupos que possuem maior probabilidade de desenvolver câncer de intestino.

“Um grupo é o chamado ‘câncer esporádico’, que é o adquirido principalmente por mutações genéticas durante a vida, em consequência dos hábitos alimentares, e as pessoas relacionadas com a hereditariedade, ou seja, as que têm histórico familiar de câncer colorretal. Faz parte da prevenção exames em membros da família que têm histórico de câncer”, analisa.

Um dos fatores que mais contribui para a incidência de câncer é uma dieta pobre de nutrientes e um velho conhecido vilão da saúde: o sedentarismo. “Fugir do sedentarismo, de uma alimentação errada, de uma ‘vida de sofá’. Já se sabe que o sedentarismo é o causador de várias doenças, não só do câncer como também o infarto agudo do miocárdio, a obesidades, doenças metabólicas etc”, pontua.

O exame que pode detectar o câncer colorretal é a colonoscopia, realizado através do ânus, permitindo a visualização de todo o intestino grosso, apenas não permitindo adequada visualização das lesões em canal e borda anais. Através deste procedimento podem ser identificados processos inflamatórios ou tumores intestinais, sendo possível biópsia e ressecção de pequenos tumores ou pólipos. 

Sintomas

Mudança do hábito intestinal, isto é, constipação ou diarréia sem associação com o alimento ingerido.

Anemia, fraqueza, cólica abdominal, emagrecimento.

Sangramento pelo reto.

Sensação de evacuação incompleta.

Quer saber mais? Ouça a entrevista na íntegra.

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lkuiz