O presidente do Sindicato dos Bares e Restaurantes do Município de Goiânia (Sindibares), Newton Pereira, defendeu em entrevista à Sagres neste sábado (19), a reabertura parcial de casas de festas e buffet infantil na capital. De acordo com o presidente, a taxa de ocupação de leitos de UTI em 50% deixa a situação do município mais “confortável”, permitindo assim essa retomada.
“Analisando as condições de ocupação dos leitos de UTI no município de Goiânia, verificamos que esses leitos já estão em 50%, então foi uma redução drástica e isso demonstra a queda na propagação do vírus e que Goiânia já atingiu uma certa normalidade dentro desse novo normal”, disse. “Estamos em uma situação confortável, e agora é hora de retomar essa importante fatia do mercado que está paralisada há seis meses”, completou.
Newton Pereira lembrou que Goiânia possui aproximadamente 350 casas de festas que estão sem funcionar desde março e que a situação econômica desses estabelecimentos, está quase “insustentável”. Além disso, o presidente do Sindibares reforçou que a retomada das atividades em casas de eventos demanda tempo para organizar o calendário de eventos.
“Temos alguns casos de casas de festas que só o IPTU do estabelecimento é R$ 30 mil, então como a pessoa vai sustentar essa atividade com os negócios fechados”, questionou. “E mais, a partir do momento que liberar, as casas de festa precisam de tempo para retomar as festas que foram cancelas, então é um processo longo. Por isso precisamos retomar e iniciar esse processo imediatamente, porque senão a situação desse segmento vai gerar mais prejuízo e demissões”.
A entidade entregou um documento com protocolos de segurança que devem ser adotados nestes locais. Medidas como aferição de temperatura, uso obrigatório de máscaras e distanciamento social, além de eventos com no máximo 70% da capacidade do espaço físico, distanciamento das mesas. De acordo com Newton Pereira, são protocolos para pré-evento, durante evento e pós-evento.
Questionado se haverá adesão da população após a retomada, o presidente do Sindibares afirmou que sim e apontou que Goiânia está na contramão de outros municípios goianos, fazendo com que a população busque outras alternativas de lazer. “Não tem alternativa para as pessoas saírem em Goiânia. São contradições e situações em que a população demonstra que não aguenta mais isso, chega um final de semana e as pessoas saem, porque Goiânia está sem alternativa de entretenimento e sem alternativa de lazer”, afirmou.
De acordo com dados do Sindibares, antes da pandemia, o setor empregava aproximadamente 40 mil profissionais por mês, uma cadeia com mais de 50 categorias, com a maioria de profissionais autônomos, que segundo Newton, são os mais afetados pela paralisação das atividades.
Em nota, a Prefeitura de Goiânia informou que permanece aberta ao diálogo com todos os segmentos, mas as flexibilizações dependem de avaliação da situação epidemiológica. Ainda não há uma posição sobre o assunto.