O Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação nos Estados de Goiás e Tocantins (SINDICOM) soltou uma nota de repúdio pelas más condições de trabalhos dadas aos comunicadores nos estádios envolvidos na disputa do Campeonato Goiano. Confira abaixo a nota na íntegra:

NOTA DE REPÚDIO

A Diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Comunicação nos Estados de Goiás e Tocantins, representante dos  RADIALISTAS (SINDICOM-GO/TO) vêm a público manifestar seu repúdio e revolta contra as condições de trabalho impostas pela Federação Goiana de Futebol e com o aval da Associação dos Cronistas Esportivos aos radialistas das emissoras de TV e Rádio, que fazem a cobertura do Campeonato Goiano de Futebol.

Em muitos estádios, não existem cabines adequadas, que ofereçam condições mínimas de conforto e segurança aos radialistas, que desenvolvem um trabalho de grande importância tanto para os clubes que disputam o campeonato e para as cidades que sediam os jogos, quanto para a Federação Goiana de Futebol, que com o trabalho de divulgação das partidas feito pela imprensa consegue levar aos estádios um grande número de torcedores.

Ressaltamos que, sem qualquer consideração ou respeito pelo trabalho que realizam, os radialistas estão sendo obrigados a trabalhar debaixo de chuva, expostos ao sol ou no meio dos torcedores, inclusive em grandes estádios, como Serra Dourada.

Na maioria dos estádios goianos, as cabines de transmissão, quando existem, se resumem a cubículos sem ventilação e nem capacidade para receber os profissionais da imprensa.

Lamentavelmente, essas cabines funcionam com o aval da Associação dos Cronistas Esportivos, entidade que deveria zelar por condições dignas de trabalho para os profissionais que representa, mas parece desconhecer os critérios mínimos necessários para uma boa transmissão e para o adequado exercício das funções dos radialistas.

As condições de trabalho dos radialistas goianos são totalmente incompatíveis com a realidade de um Estado que se orgulha de seu crescimento econômico e com um país que se prepara para sediar o maior evento do futebol mundial.

Esperamos que a Federação Goiana de Futebol e a Associação dos Cronistas Esportivos reavaliem essa situação caótica e adotem medidas urgentes para melhorar as condições de trabalho dos profissionais da imprensa nos estádios goianos.

Se nada for feito para sanar essas deficiências, o SINDICOM-GO/TO irá tomar as medidas cabíveis para a solução desse descaso com os profissionais, que tanto se dedicam em valorizar o futebol goiano, mas não têm seu trabalho valorizado pelas entidades competentes.
 
Miguel Novaes Filho – Presidente do SINDICOM