O Senado do Paraguai aprovou na tarde desta sexta-feira (22), o pedido de impeachment feito pela Câmara dos Deputados, contra Fernando Lugo. Com isso, ele deixa a presidência e Frederico Franco (vice), assume.

Dos 45 senadores titulares, bastavam 30 votos à favor para destituir Lugo do cargo. No entanto, a maioria do Senado aprovou a perda do mandato por 39 votos a 4.

 Após a decisão do Senado, grupos de movimentos sociais em defesa de Lugo, concentraram-se em frente ao Congresso. Atiradores do Exército local monitoram as manifestações.

Entenda o processo de impeachment de Lugo

O pedido de impeachment decorre de um conflito ocorrido na sexta-feira (15), na zona rural da Região Nordeste do Paraguai. O confronto deixou 17 pessoas mortas, entre elas, camponenes e policiais. Os parlamentares apresentaram cinco acusações formais contra o presidente.

Algumas delas fazem referência ao apoio de Lugo à manifestação de jovens de esquerda no Comando de Engenharia das Forças Armadas, em 2009; obrigar militares à se submeter às ordens de sem-terras; falta de competência para combater atos de violência no país.

Adversários também acusam ações dos guerrilheiros do Exército do Povo Paraguaio e violação das leis paraguaias ao ratificar Protocolo de Ushuaia 2, que prevê intervenção externa caso a democracia esteja em perigo.

Os advogados de Lugo alegam que o presidente é vítima de perseguição política, que a condução do julgamento político tem sido feito de forma ilegal e injusta e não existem provas que Lugo incorreu em mau desempenho de suas funções. (Com Agência Brasil)