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Altos representantes das Nações Unidas estão no Sudão do Sul para reafirmar o apoio da organização ao acordo de paz assinado no mês passado pelo governo e pela oposição em Adis Abeba, na Etiópia.

A visita de solidariedade ao povo e à liderança do mais novo país do mundo é realizada pelo subsecretário-geral para Operações de Manutenção de Paz, Jean-Pierre Lacroix, e pela diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka.

Mulheres e Meninas

Uma das metas da deslocação é abordar os desafios enfrentados por mulheres e meninas no país. Ambos disseram que é preciso “colocar em foco nas mulheres e crianças vulneráveis, “que estão entre os mais afetados pelo conflito”.

Após cinco anos de confrontos, a expectativa é que o acordo de paz assinado em 12 de setembro na Etiópia “trave a onda de violência que deslocou mais de 4 milhões de pessoas”.

Para o chefe das Operações de Paz, neste momento deve ser enfatizada a implementação do acordo de paz revitalizado.

Jean-Pierre Lacroix destacou que as Nações Unidas estão prontas para ajudar, apoiar e ao mesmo tempo aproveitar o momento para destacar que “a implementação do entendimento deve ser inclusiva”.

Processo

Lacroix afirmou ainda que após terem sido ouvidas as opiniões de mulheres, “fica claro que estas fazem parte do processo para a paz no Sudão do Sul”.

Para o chefe das Operações de Paz, mesmo com a esperança que  se vislumbra com o acordo é preciso fazer muito mais, e sua presença no país deve analisar como dar apoio. Para ele, “a única forma de alcançar a paz duradoura é construir uma paz inclusiva”.

Já para chefe da ONU Mulheres, embora haja alguma dúvida sobre a vontade política de se implementar o acordo a comunidade internacional espera empenho do governo e dos partidos da oposição para permitir o avanço da paz.

Para Phumzile Mlambo-Ngcuka, a visita  coloca foco nas mulheres, na paz e na segurança por causa do impacto do conflito sobre as sul-sudanesas.

Violência

Ela destacou a solidariedade da ONU com o grupo e a garantia de se poder enfrentar, de forma mais forte, os desafios delas e das meninas, com destaque para a violência.

Para a chefe da ONU Mulheres é preciso que haja inclusão de mulheres de forma substancial, e que estas sejam apoiadas e protegidas. A representante disse que o grupo toma decisões sobre os próprios direitos, sendo por isso importante ouvir a sua voz.

Phumzile Mlambo-Ngcuka elogiou o facto de o acordo de paz de setembro prever uma quota de 35% de mulheres em cargos executivos, o que chamou um “bom passo”, que precisa de mais ação.