Não é feriado, mas todo 4 de maio é o “Dia de Star Wars”, ou Star Wars day, em inglês. O motivo da comemoração nesta data é a frase emblemática: “Que a Força esteja com você”, em inglês, “May the Force be with you”. Aí os fãs fizeram um trocadilho, que se tornou quase um mantra, com a troca por “May the Fourth be with you”, ou seja: “Que 4 de maio esteja com você”. A brindaceira tomou proporção tão grande que até mesmo a Disney, que detém os direitos da franquia, celebra atividades espe(a)ciais em seus parques neste dia.

Há muito tempo, em uma galáxia muito, muito distante…”

Star Wars sempre esteve à frente do seu tempo, com debates sobre feminismo, rebelião e política. Até mesmo assuntos motivacionais sobre acreditar em si mesmo e não desistir de seus objetivos são destaques dentro da saga. A discussão nos longas ocorre sobre a democracia, a procura de um líder para cuidar do seu povo, quando o Império (liderado por Darth Vader) não permite a liberdade de expressão na galáxia.

Feminismo

A filha de Anakin Skywalker e da Senadora Padmé Amidala, Princesa Leia Organa, personagem interpretada pela atriz Carrie Fisher na saga Star Wars em 1977, é considerada um dos ícones feministas da história do cinema. Leia não é uma princesa qualquer, como estamos acostumadas a ver nos contos de fadas, em que esperamos o príncipe encantado em um cavalo branco para sermos salvas, nesse caso, uma nave!

Mesmo na posição nobre como princesa, sempre esteve armada e pronta para o combate. Diferente dos outros papéis interpretados por mulheres nas telas do cinema nessa época, em que o protagonismo são dados aos homens, enquanto elas são frágeis. Leia destruiu esse estereótipo ao se mostrar uma mulher independente, com uma força e inteligência monstruosa para defender seus ideais.

A narrativa de Star Wars nasceu graças as ações da líder da Resistência e princesa Leia, em que aparece no longa se escondendo dos soldados do Império. Durante a fuga, Organa aniquilou um stormtrooper para se defender. Infelizmente é capturada por Lord Sith Darth Vader (pai da Leia e o vilão mais amado e odiado de todos os tempos), mas resiste as torturas e não entrega a localização de seus aliados (considerados “rebeldes”). Leia consegue gravar uma mensagem holográfica no robô mais fofo da galáxia R2D2, pedindo ajuda ao ex-General Obi-Wan Kenobi. Essa atitude, permitiu Luke entrar em contato com os robôs e iniciar sua nova jornada.

Mesmo com cenas sexistas no filme “O Retorno de Jedi”, Leia seminua com look minúculo dourado, acorrentada e prisioneira do monstro Jabba, não tira seus méritos. Afinal, ela derrota o monstro com as próprias correntes. A trajetória da princesa Leia é repleta de coragem, força e liderança. Um diálogo entre a princesa e Han Solo deixa claro quem é que manda e está à frente do comando.

Não sei quem você é ou de onde veio, mas a partir deste momento você fará o que eu mandar”, Leia Organa.

No filme da saga Star Wars: Os Últimos Jedi, a general Organa está em combate contra a maligna Primeira Ordem. Seu filho é Kylo Ren (Adam Driver), o guerreiro que assumiu o comando da Primeira Ordem no final de “Os Últimos Jedi”, de 2017. Mesmo sendo seu filho, não perdeu seus princípios e segue lutando pela liberdade.

O desfecho da General Leia foi emocionante, já que a atriz Carrie Fisher faleceu em dezembro de 2016. O último episódio IX: A Ascensão Skywalker foi ao ar em 2019. Para um final digno, a equipe refez os ângulos e a iluminação usados em “O Despertar da Força“, para que os atores contracenassem com Fisher. A intérprete de Rey, a atriz Daisy Ridley, conta que foi emocionante gravar a cena final (sem spoilers) com “Carrie Fisher”.

“Foi definitivamente difícil. Foi muito emocionante fazer isso, porque você acaba imaginando-a. Você não está pensando em como a cena vai ser”, lembrou a atriz em uma entrevista para a revista QG.

Carrie Fisher e Leia Organa, duas mulheres à frente do seu tempo, sem papas na língua, apresentando um novo cenário feminino na história do cinema: liderança, inteligência e protagonismo próprio, capazes de construir uma jornada em um mundo repleto de machismo.

A personagem Leia permitiu a entrada dos próximos sucessos femininos de Star Wars, com o mesmo princípio da princesa: destemidas, fortes e corajosas. Já que a própria atriz Carrie Fisher repudiava em suas entrevistas a ausência de mulheres na saga mais famosa da galáxia.

Audição da Carrie Fisher para a Saga Star Wars

Representatividade feminina na saga galáctica

A personagem Rey (Daisy Ridley) apareceu pela primeira vez em ‘Star Wars: O Despertar da Força’. É a primeira protagonista no longa, sendo crucial para o desfecho de Star Wars. Uma catadora de sucata, cresceu sozinha no deserto de Jakku e se tornou a última Jedi. Entrou para a Resistência e sua jornada começa em busca de Luke Skywalker e se torna a única capaz de salvar toda a galáxia. Enfrenta com seu sabre de luz o filho da General Organa e Han Solo, Kylo Ren.

Rey Skywalker

Padmé Amidala (Natalia Portman) não é apenas uma entusiasta do amor. Se apaixonou por ninguém menos que ele: Anakin Skywalker (Darth Vader). Os dois são os pais de Luke Skywalker e Leia Organa. Padmé apareceu em ‘Star Wars: A Ameaça Fantasma’, ‘Ataque dos Clones’ e ‘A Vingança dos Sith’. Rainha do planeta Naboo, e mais tarde Senadora da República Galáctica, seu romance com Anakin não diminui sua relevância, pelo contrário, a senadora Padmé lutou pela democracia tanto na política como soldado.

Padmé Amidala

Jyn Erso (Felicity Jones) apareceu no filme de 2016, Rogue One. Jyn é a líder de um time especial reunido pela Aliança Rebelde para roubar os planos da Estrela da Morte – uma arma letal do Império Galáctico capaz de destruir um planeta. Desempenhou um papel importante ao obter informações da arma e na destruição da primeira Estrela da Morte.

Jyn Erso

Rose Tico (Kelly Marie Tran) é a primeira personagem oriental de Star Wars. Rose e sua irmã Paige serviu a Resistência durante o conflito da Primeira Ordem e Tico possui conhecimento em mecânica. Ajuda Finn em “Os Últimos Jedi”, salvando a vida de seus aliados durante sua trajetória.

Além dos filmes, nas animações e games tem outras representatividades femininas no universo galáctico, mostrando o poder das mulheres graças ao ponta pé de Leia Organa. Assim como no mundo real, a força sempre esteve com nós, mulheres.

Onde assistir

A Prime Vídeo tem todos os episódios em sua plataforma. Para quem busca assistir pela primeira vez, provavelmente deve pensar na ordem cronológica, mas essa escolha traria “spoilers”.

São contínuos os debates entre os fãs sobre qual seria a sequência correta ou mais adequada. Primeiramente, vamos conhecer os nomes:

Episódio I: A Ameaça Fantasma (1999); Episódio II: Ataque dos Clones (2002); Episódio III: A Vingança dos Sith (2005); Episódio IV: Uma Nova Esperança (1977); Episódio V: O Império Contra-Ataca (1980); Episódio VI: O Retorno do Jedi (1983); Episódio VII: O Despertar da Força (2015); Episódio VIII: Os Últimos Jedi (2017); Episódio IX: A Ascensão Skywalker (2019).

Segue abaixo as sugestões para maratonar Star Wars:

A ordem de lançamento – IV, V, VI, I, II, III, VII, VIII e IX.

Ordem Ernst Rister – IV, V, I, II, II, VI, VII, VIII, IX. Tem sido escolhida pela maioria.

Ordem machete – IV, V, I, II, II, VI, VII, VIII, IX. Por sua vez, ela exclui o episódio I, segundo os fãs, é como se não tivesse existido.

A franquia lançou alguns spins-offs para facilitar o entendimento de quem está chegando e quer entrar nesse universo espacial. Essas são as sugestões, começando pela ordem de lançamento:

IV, V, VI, I, II, III, VII, Rogue One: Uma História Star Wars, VIII, Han Solo: Uma História Star Wars e IX.

Você pode optar por outra sequência: IV, Rogue One: Uma História Star Wars, V, I, II, III, Han solo: Uma História Star Wars, VI, VII, VIII e IX.

Dica de jogo

Para encerrar essa matéria, não poderia faltar uma dica de game da semana! Lego Star Wars: A Saga Skywalker. Neste game, o jogador embarca por todas as narrativas já conhecidas, atua com personagens ícones e claro, passa por toda a galáxia muito, muito distante.