O Sistema Sagres de Comunicação promoveu na manhã desta quarta-feira (28) um debate online entre os candidatos à Prefeitura de Goiânia. Entre os diversos assuntos colocados em pauta, não poderia faltar o transporte coletivo.

No segundo bloco, quando um candidato questiona o outro, Virmondes Cruvinel (Cidadania) e Talles Barreto (PSDB) debateram a situação atual do transporte público na capital. Os dois candidatos não pouparam críticas à relação da administração municipal com as empresas que gerem o setor.

“O primeiro compromisso que eu fiz foi não aceitar ajuda financeira por parte de pessoas físicas que têm vínculo com o transporte coletivo porque já vimos que infelizmente essas empresas fazem é calar os prefeitos em seu papel de fiscalizar. Nós temos que ter coerência quanto a isso. Além da participação na CMTC (Companhia Metropolitana de Transportes Coletivos) e a CDTC (Câmara Deliberativa de Transportes Coletivos), hoje nós temos uma agência municipal de regulação onde esse papel de fiscalizar é da Prefeitura e não das empresas”, disse Virmondes Cruvinel ao ser perguntado por Talles Barreto.

O candidato do Cidadania afirmou que uma saída para melhorar a avaliação das tarifas do transporte seria utilizar a tecnologia.

“Nós temos que fazer um diagnóstico nesse trajeto dos ônibus pela cidade e a forma mais correta de fazer essa avaliação das tarifas. Hoje essa cobrança feita só facilita essa superlotação e os problemas permanecem. Precisamos usar a tecnologia para fiscalizar com mais vigor e, se for o caso, rever essa licitação em articulação com as cidades da região metropolitana de Goiânia. Hoje o Prefeito está ‘calado’ e o problema continua. Tenho certeza que com vigilância e com a força que um prefeito de Goiânia tem que ter nós vamos avançar nessa discussão e claro, integrar com ciclovias, melhorando a questão das calçadas e uso de aplicativos”, destacou.

Em sua réplica, Talles foi bastante incisivo ao dizer que as atividades do transporte coletivo não devem ser privatizadas e que o preço da passagem seria mais barato se fosse administrado pelo poder público.

“Temos que ‘tomar’ das empresas o transporte coletivo de Goiânia, isso é fundamental. O Prefeito entregou para as empresas de ônibus e elas cobram 8% para administrar o transporte clube, 10% para manter os terminais, 2% para a CMTC que é um ‘cabide de emprego’. A passagem poderia ser R$ 2,60. A Prefeitura de Goiânia foi omissa e irresponsável”, afirmou.

“Transporte público tem que ser público. Nós vamos colocar a passagem a R$ 2,00 e o subsídio vamos fazer da diferença. Tem que rever tudo, dar dignidade ao usuários. Vamos fazer um ‘choque de gestão’ em relação ao transporte público”, finalizou Talles.

Assista o Debate Sagres com os candidatos à Prefeitura de Goiânia: