(Foto: Sagres On)

O deputado estadual e vice-governador eleito, Lincoln Tejota (Pros), disse nesta terça-feira (6) à Rádio Sagres 730 que o futuro governador teme tomar posse em janeiro 2019 e herdar uma dívida de curto prazo em torno de R$ 3 bilhões. A polêmica entre o novo e o atual governo surgiu depois que o governador José Éliton assinou o Decreto 9.346, de 31 de outubro de 2018, que prevê a revogação do Decreto 9.143, de 22 de janeiro de 2018, que estabelecia o pagamento das despesas de pessoal do Estado dentro do respectivo mês de competência. Caiado acha que o novo decreto possibilita ao governo dar “calote” nas folhas de pagamento de novembro e dezembro.

Segundo Lincoln Tejota, a equipe de Caiado prevê que 2 folhas atrasadas, somadas a cerca de R$ 300 milhões de emendas impositivas para deputados estaduais, que têm de ser cumpridas no primeiro semestre, mais dívidas não pagas com fornecedores e contratos, como as conhecidas dívidas com as organizações sociais (OSs) que administram unidades de saúde e que estão em torno de R$ 260 milhões; com as bolsas universitárias, entre outros, cheguem aos R$ 3 bilhões.

O governador José Éliton declarou há duas semanas que o déficit orçamentário de 2018 será de R$ 241 milhões, mas Caiado tem insistido em outro valor, R$ 3,8 bilhões. “Basta somar tudo que o governo não e o que deixará de ser pago que se chega a esse valor”, defende o vice-governador eleito.

O deputado acha importante rever o orçamento participativo, aprovado pela Assembleia Legislativa neste semestre para vigorar em 2019. Por ele, 1,5% do orçamento anual do Estado será destinado às emendas dos deputados. Projeto de emenda constitucional, do deputado Bruno Peixoto (MDB), prorroga sua vigência para 2021. Caiado tenta convencer os deputados da mudança. “Eu sempre fui contra a emenda impositiva e não mudei de opinião”, diz o deputado Lincoln Tejota.

O deputado afirma que o clima amistoso no encontro de Caiado com José Eliton há duas semanas, mudou. “Ele (o governador) mudou. Ele disse, por exemplo, que discutiria com a equipe de transição o projeto de lei que reinstituiu os incentivos fiscais no Estado. Mudou de ideia, conforme informações que recebemos da equipe do governo”, informou. Outro ponto de tensão foi o decreto 9.346, que pegou Caiado de surpresa.

O futuro governador afirma que não há nenhum nome definido para o secretariado de Caiado. Passado um mês da eleição, Lincoln justifica que o grupo “não tem pressa” e que “avalia os nomes com critérios”. Ele confirma que se colocou à disposição do senador para ser secretário, mas não quis adiantar a área em que vai atuar. Lincoln é formado em direito, com especialização em gestão e diz que se identifica com a área de saúde.

Ouça na íntegra

{source}
<iframe width=”100%” height=”166″ scrolling=”no” frameborder=”no” allow=”autoplay” src=”https://w.soundcloud.com/player/?url=https%3A//api.soundcloud.com/tracks/525608907&color=%23ff5500&auto_play=false&hide_related=false&show_comments=true&show_user=true&show_reposts=false&show_teaser=true”></iframe>
{/source}