Dois envolvidos no episódio da venda da casa do governador Marconi Perillo conseguiram no Supremo Tribunal Federal o direito de permaneceram calados durante o depoimento na CPMI Cachoeira, marcado para esta terça-feira (25).

Lúcio Gouthier Fiuza, ex-assessor especial do governador Marconi Perillo, e Écio Antônio Ribeiro, sócio da empresa que consta em cartório como compradora da antiga casa não irão responder as perguntas dos parlamentares na sessão da CPI.

A Polícia Federal durante as investigações da Operação Monte Carlo levantou a suspeita de que o empresário Carlinhos Cachoeira foi o verdadeiro comprador da casa. Para os parlamentares a venda da casa por revelar a verdadeira relação de Marconi com Cachoeira e tem sido uma das linhas de investigação da CPI, já que Cachoeira foi preso na residência. 

Outro ponto de destaque são os cheques de R$ 1,4 milhão recebidos por Perillo, pelo assessor Lúcio Fiuza, foram emitidos pela empresa Excitant Confecções. A firma pertence a uma cunhada de Cachoeira e que foi abastecida com dinheiro de uma empresa fantasma central no esquema de lavagem de dinheiro apontada pela PF.

Outro depoimento previsto para hoje é o do arquiteto Alexandre Milhomem. As conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal indicam que ele recebeu R$ 50 mil do esquema Cachoeira. Segundo os parlamentares da CPI, Milhomem foi o responsável por reformar a casa do governador, o que configuraria mais um indício de que Cachoeira foi o verdadeiro comprador da casa e que teria usado Walter Paulo Santiago e a empresa Mestra Administração e Participações, de Écio Ribeiro, como laranjas.

Informações Folha de São Paulo