Ex-assessor do governador Marconi Perillo, Lúcio Fiúza, assim como previsto, utilizou o direito constitucional de permanecer em silêncio na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga as relações da organização criminosa de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Lúcio dispensou os 20 minutos concedidos na sessão. “Quero avisar, senhor presidente, que vou usar o meu direito constitucional de permanecer em silêncio”, disse o ex-assessor.

Os parlamentares não ficaram satisfeitos com a decisão da testemunha e protestaram contra o silêncio de Fiuza. Iris de Araújo (PMDB-GO) usou a palavra para repudiar o direito constitucional do silêncio do assessor e disse que o governador Marconi Perillo havia terceirizado as informações em seu depoimento no dia 12 de junho.

“As garantias constitucionais é um direito que elas (testemunhas) tem. A mesma garantia que o depoente tem, é a garantia que vossas excelências tem”, disse o presidente da Comissão, senador Vital do Rego. Segundo ele, essa é a estratégia da “macro defesa” da organização. De acordo com o procedimento, Vital do Rego dispensou a testemunha.

Écio Antônio Ribeiro, sócio da empresa que consta em cartório como compradora da antiga casa de Marconi Perillo seguiu a estratégia da defesa e permaneceu calado. “Eu me reservo no direito constitucional de permanecer em silêncio”. Foi liberado pelo presidente.

 

Convocação do arquiteto Milhomem gera protestos na CPI

Outra testemunha da CPI nesta terça-feira (25) foi o arquiteto Alexandre Milhomem. Conversas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal indicam que ele recebeu R$ 50 mil do esquema Cachoeira. Alexandre afirma que não conhece Marconi Perillo e foi contratado por Andressa Mendonça, mulher de Cachoeira. 

A convocação do arquiteto gerou protestos dos parlamentares que consideram inaceitável a convocação de Milhomem e não do ex-presidente da Delta, Fernando Cavendish e Luis Antônio Pagot, ex-diretor nacional do DNIT.