O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás recebeu nesta quinta-feira (26) um manifesto exigindo o cumprimento da Lei Federal que garante a cota mínima de 30% de candidatas por partido ou coligação nas eleições. O documento foi feito por um grupo de feminista e entregue em ato público.

Sobre o assunto o Manhã Sagres entrevistou a Cofundadora do bloco Não é Não, Cida Alves. Ela destacou que o grupo responsável pelo manifesto é composto por aproximadamente 50 entidades ligadas aos direitos humanos, especialmente os direitos das mulheres.

Cida descreve que o grupo observou que cerca de nove partidos apresentaram os 30% de candidatas nas eleições municipais deste ano. Contudo, no momento da votação elas não estavam mais entre os candidatos. “Nós confiamos na justiça e esperamos que esses partidos sejam punidos”.

Sobre isso ela explica que no caso de desistências, ou até mesmo o impedimento legal da candidatura de uma mulher, essa vaga deve ser ocupada por outra mulher e não deve ficar vago. “Todos os partidos sabiam disso. Legalmente seus partidos tem seus assessores e a maioria cumpriu esse procedimento. Porém, esses nove não”, conta.

“A luta dos 30% é uma luta antiga. Nós conseguimos transformar isso em lei, mas ela tem que acontecer de fato. Nós não queremos uma representação que seja apenas uma fachada. No início da apresentação da chapa está lá, mas ao longo da campanha essas mulheres recebem o apoio, o financiamento e tempo de campanha na televisão”, argumenta.