A quatro dias para a cerimônia de abertura e a primeira partida, a Copa do Mundo de 2022 se aproxima e as delegações, torcidas e veículos de imprensa começam a desembarcar no Catar. Em meio à expectativa pelo evento, também existem muitas preocupações com as leis locais e a presença estrangeira.

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Um dos países que mais têm se posicionado contra a realização do Mundial no emirado é a Dinamarca. Durante a competição, a seleção do país nórdico utilizará uniformes desbotados em protesto às mortes de trabalhadores durante as obras, e a federação deu voz para campanhas contra as leis locais anti-LGBTQIA+.

Na última terça-feira (15), durante uma transmissão ao vivo em Doha, a equipe de reportagem da TV 2, estatal dinamarquesa, acabou interrompida por agentes de segurança do Catar. O repórter Rasmus Tantholdt, correspondente do veículo, foi intimidado pelos seguranças, que impediram a transmissão e ameaçaram destruir o equipamento.

“Vocês convidaram o mundo inteiro, por que não podemos filmar? É um local público. Vocês estão nos ameaçando”, protestou o jornalista dinamarquês, que publicou o momento da interrupção em seu perfil no Twitter. Segundo Tantholdt, órgãos do Catar pediram desculpas pelo ocorrido. O vídeo já teve mais de 9 milhões de visualizações.

Confira o registro do momento
Recebemos um pedido de desculpas do Gabinete de Imprensa Internacional do Catar e do Comitê Supremo do Catar. Isso é o que aconteceu quando estávamos transmitindo ao vivo para a TV 2 em uma rotária hoje em Doha. Isso também acontecerá com outros meios de comunicação?