Decreto do Governo de Goiás proíbe, a partir de 1º de julho, aglomerações, acampamentos e atrações musicais ao longo do rio Araguaia. A medida ocorre devido ao aumento de casos da covid-19 no Estado. O presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, disse à Sagres 730 nesta quinta-feira (11) que houve um diálogo entre empresários e poder público onde ficou acordado que era “um desafio inalcançável” o acontecimento da temporada 2020 do Araguaia.

Estão vedados o uso coletivo de beiras de rios, cachoeiras e praias formadas no Rio Araguaia e seus afluentes, além da instalação de estruturas temporárias de restaurantes, bares, banheiros, pontos de apoio e quaisquer outras de atendimento a turistas e usuários em praias, beiras de rios e cachoeiras.

De acordo com Fabrício Amaral, a preocupação maior são com as pessoas que dependem da temporada para viver. Ele afirmou que está iniciando tratativas para ajudar as pessoas a amenizar esse impacto. “São pessoas que vivem com o trabalho informal, donos de pousadas, ribeirinhos, pescadores, eles serão nosso objeto de trabalho imediato, com subsídios financeiros para passar por esse momento de dificuldade”.

O Governo de Goiás vai ter com duas linhas de trabalho, barreiras sanitárias e proibição de acampamentos. Segundo o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, o decreto dá sustentação jurídica para que o Estado tome decisões sem ferir o direito das pessoas. Para isso, contará com o apoio das prefeituras, da Polícia Militar Ambiental, do Corpo de Bombeiros, da Goiás Turismo e da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) na fiscalização das atividades nas regiões próximas ao Araguaia durante o período de proibição.

Turismo em Goiás

Fizemos um estudo bastante aprofundado e já em março já tivemos impacto no turismo, só com a impressão da pandemia, antes mesmo do decreto do governador Ronaldo Caiado. “Hoje temos praticamento 100% do turismo parado no Brasil, algumas cidades ensaiaram retorno responsável, mas o fluxo de turismo foi muito aquém do esperado”, disse. “É um setor profundamente afetado, e estamos trabalhando para melhorar as relações trabalhistas do turismo para dar um fôlego para categoria”.

Fabrício ressaltou que todo Estado será afetado e ressaltou a cidade de Caldas Novas, que representa para o turismo 50% dos empregos, arrecadação fiscal e fluxo de turista. “Todos serão afetados, estamos estimando que em 2020 Goiás vai registrar 40 mil desempregos e em torno de 3 mil empresas fechadas na área de turismo”, disse.

*Atualizado às 16h26 para correção do número de desempregos