A Universidade Federal de Goiás (UFG) e o IF Goiano participam do maior diagnóstico sobre a poluição por microplásticos na costa brasileira. As instituições goianas se juntam a outras 13 universidades do Brasil e instituições de ensino de outros 10 países.

A poluição plástica é um problema mundial. São considerados microplásticos partículas de tamanho entre 100 nanômetros e 5 milímetros. Mas a preocupação com o material é que o seu descarte incorreto o leva aos rios, lagos e oceanos e ameaçam os ecossistemas aquáticos.

A coleta começou em julho de 2023 e já percorreu 5.578 km de orla até fevereiro de 2024. O objetivo, então, é coletar material de todo o litoral até abril deste ano, numa faixa que se estende da praia de Goiabal em Calçoene, no Amapá, até a Barra do Chuí, no Rio Grande do Sul, localizado bem no extremo sul do país.

Os pesquisadores já estiveram em 14 estados da costa brasileira e coletaram até o momento mais de 6,7 mil amostras de areia e água em mais de 300 municípios e distritos. 

Participação goiana

Localizado na região central do país, obviamente Goiás não faz parte da costa litorânea. Mas a participação da UFG e do IF Goiano são essenciais para o diagnóstico. A união das universidades está sendo chamada de projeto MicroMar, que tem a fase de coleta e a de análise dos materiais.

É nesta fase que entram os professores Thiago Lopes Rocha do Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública (Iptsp) e Boniek Gontijo Vaz do Instituto de Química (IQ), ambos da UFG. Além de Guilherme Malafaia, do Instituto Federal Goiano (IF Goiano).

Assim, os professores formaram grupos de análise para verificar as amostras em laboratório. Eles vão buscar informações sobre os níveis de poluição por microplásticos nas praias, condições ambientais e saúde do litoral brasileiro. Por isso, os dados devem quantificar e a tipificar os microplásticos, além de determinar índices de risco de polímero e de carga poluidora. 

Thiago Lopes Rocha disse ao Jornal UFG que o projeto MicroMar visa a minimização de danos e gastos nas áreas ambiental e de saúde pública. Por fim, o projeto MicroMar é uma das fontes de dados da dissertação de mestrado Raíssa de Oliveira Ferreira, no Programa de Pós-graduação em Conservação de Recursos Naturais do Cerrado do Instituto Federal Goiano, sob de Guilherme Malafaia. Assista:

*Este conteúdo está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta matéria, o ODS 14 – Vida na Água.

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