Uma usina solar flutuante em Campinas, interior de São Paulo, acompanha o movimento do sol por oito horas para gerar energia. A Ilha Fotovoltaica Seguidora Solar, como é chamada, possui painéis solares bifaciais que giram de acordo com o movimento do sol, do leste para o oeste.

A usina é um projeto da Apollo Flutuantes e pode trazer mudanças para o cenário da geração de energia solar no Brasil. O país tem grandes reservatórios artificiais represados nas usinas hidroelétricas. Mas também tem abundância de recurso hídrico natural, com mais de 420 mil lagos, conforme a Agência Nacional de Águas (ANA).

As condições naturais favoráveis do país dão destaque às usinas flutuantes como a Ilha Fotovoltaica Seguidora Solar. Os painéis convencionais são instalados em teto de casas. Mas já existem grandes parques solares em solo dedicados à produção em escala maior. Então, as usinas flutuantes instaladas sobre a água reduzem o impacto de espaço, principalmente nas placas instaladas no solo. 

É nesse cenário que a usina de Campinas chega como novidade, pois se movimenta para acompanhar o sol por oito horas. O projeto é super tecnológico e insubmergível, porque conta com flutuadores que mantém a estrutura sobre a água.

Como funciona a usina

Nas usinas flutuantes, os painéis pairam sobre a água (Foto: Divulgação)

O destaque da  Ilha Fotovoltaica Seguidora Solar é o movimento de acompanhar o sol durante o dia. Os flutuadores levam oito horas para girar 180% acompanhando o sol. Após o período, o sistema retorna à posição inicial em apenas um minuto e só volta a fazer o movimento com a presença do sol no dia seguinte.

O movimento garante maior captação da radiação solar por causa dos ângulos certos durante o dia. A estrutura que gira é de Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e possui peças com plástico, fibra de vidro ou alumínio. 

Assim, a Apollo Flutuantes acredita que o modelo pode revolucionar a geração de energia na água. Ramon Nuche, diretor da AE Solar para a América Latina, afirmou que o consumo energético está mudando no Brasil e lembrou que a geração distribuída cresceu 26%.

“Temos a expectativa de que esse crescimento chegue a 80%. Com iniciativas como a da Usina Solar Flutuante, queremos pavimentar o caminho para essa expansão e preparar nossos clientes e parceiros para trabalhar com as novas tecnologias”, afirmou.

*Com informações do portal CicloVivo

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