O Estado de Goiás chegou a imunizar 55,8% de população com duas doses ou dose única contra a Covid-19, de acordo com dados do consórcio de veículos de imprensa a partir de informações das Secretarias Estaduais de Saúde de todo o país. O número coloca o estado em 16º lugar na cobertura vacinal nacional e tem preocupado a Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO). A Superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás, Flúvia Amorim, disse, em entrevista à Sagres na manhã desta segunda-feira (29), que é urgente o aumento da vacinação no estado.

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“Primeiro ponto: precisamos urgentemente aumentar a cobertura vacinal. Em segundo, as medidas e protocolos precisam ser mantidos, sim. Uso de máscara e distanciamento físico. E, principalmente agora, no final de ano que nos preocupa, evitar ao máximo estas aglomerações”, defendeu a superintendente.

Flúvia Amorin destacou que um ponto que pode ter levado ao surgimento da nova variante ômicron é a falta de vacinação. “O que a gente está vendo na África do Sul, com aumento de casos, é um país tem uma cobertura vacinal muito baixa, assim como alguns países europeus ainda. A vacina é um caminho que precisa ser seguido”, reforçou

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Com o avanço da disseminação da variante ômicron, descoberta na África do Sul, e o aumento de casos da Europa, a situação pode atingir o Brasil em breve, caso não aumente a cobertura vacinal. Além disso, Flúvia pontuou os motivos que levaram Goiás a estar estagnado na vacinação.

“Pessoas que não tomaram a primeira dose por recusa. Cerca de 63% dos municípios não consegue melhorar a cobertura vacinal por recusa. No último levantamento eram cerca de 500 mil pessoas no estado de Goiás. Já a pessoa que tomou a primeira dose e não voltou para tomar a segunda, são mais de 700 mil pessoas. Pessoas dizem que não tem tempo por conta do trabalho, parece que não tem preocupação”, afirmou.

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“A gente está vendo no estado de Goiás esta estagnação na aplicação de vacinas. A gente está com 73% ou 74% com pessoas que receberam a primeira dose. É muito baixo. Estamos muito abaixo de vários estados brasileiros. Na última vez que vi, a gente estava em décimo nono lugar em cobertura vacinal. É muito ruim. O que estamos vendo na Europa agora? Países com baixa cobertura vacinal estão com situação pior. E isso pode acontecer dentro do Brasil também”, alertou a superintendente de Vigilância em Saúde de Goiás.

Ação conjunta

Para resolver essa questão, é importante que Estado e municípios atuem juntos, principalmente com foco na prevenção de nova onda de Covid-19.  “Este momento que a gente está vivendo agora, não só por causa da ômicron, de acordo com o que a gente está vendo na Europa, a gente já vem tratando internamente sobre a necessidade de termos medidas. O que a gente aprendeu com esta pandemia? A gente precisa ter a providência certa no momento certo. Não adianta ter a providência certa no momento errado. A gente não precisa ver o momento piorar para tomar providências”, completou Flúvia.

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