O tema do Quadro Mundo Pet da última semana me fez lembrar de um dos momentos mais tensos da minha vida. Foi quando eu voltava da Irlanda em maio de 2009 e trazia minha Layly. Pra quem não sabe a Layly é a cadelinha que conviveu comigo por maravilhosos 9 anos e morreu em novembro de 2014.

Quando a compramos, nos preocupamos com tudo, pra que ela viesse comigo para o Brasil. Verifiquei se ela tinha todas as vacinas, microchip, providenciei o passaporte europeu pra animais, assim como todos certificados que a companhia aérea me informou que seria necessário. Chegando próximo da data de embarque, comprei a caixa para fazer o transporte e ainda uma bolsa pra carrega-la entre um vôo e outro. Não queria que ela não ficasse presa o tempo todo em uma caixa fechada, levando em conta que passaríamos mais de 24 horas entre as conexões. 

Saímos de Dublin com destino a Amsterdan, paguei a passagem dela, que no caso foi apenas excesso de bagagem, devido ela pesar apenas dois quilos. Ela veio comigo nos meus pés. De fralda e calça jeans, a minha yorkshire arrasava por onde passava.

Porém o sonho de chegar ao Brasil após 5 anos, estava prestes a virar um pesadelo. Chegamos ao aeroporto Internacional de Guarulhos às 6 da manhã do dia seguinte. Próximo vôo confirmado pra Goiânia, às 8hs, mas fomos barradas na Vigilância Sanitária. Segundo o veterinário do plantão, faltava um documento que era emitido pelo Ministério da Agricultura da Irlanda, comprovando a saúde  do animal. Informaram-me que ela seria deportada pra Irlanda.

Sabe o que aconteceu? Eu surtei. Por ser ilegal, não podia voltar com ela. E ai como faria? Fiz um escândalo, chamaram o pessoal da Companhia e me levaram pra sala VIP. O veterinário me deu até o final do expediente dele pra conseguir o documento. A empresa me ofereceu todo suporte, fiz várias ligações pra amigos e também pra veterinária dela em Athenry, cidade em que morei na Irlanda. Gentilmente, a Vet dela foi até o órgão pegou o documento pra mim e mandou via e-mail. Toda essa burocracia durou quase 12 horas.  No final parecia final de filme. O meu choro, virou lágrimas de alegria e agradecimento a todos que me ajudaram.

Tinha previsão pra chegar a Goiânia às 9 da manhã, chegamos às 8 da noite. Eu tive a sorte de ter anjos no meu caminho, mas já pensou o que poderia ter acontecido se eu não conseguisse esse documento? Sendo assim, fique ligado as dicas do Ministério da Agricultura aqui em Goiás. Faça o check list dos documentos e tenha certeza que está tudo certo antes de embarcar.

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Até logo!