O Rio Meia Ponte chegou à vazão de 3.861 litros por segundo, e atingiu o nível crítico 2, que ocorre quando a vazão fica abaixo dos 4 mil l/s. O superintendente de recursos hídricos e saneamento da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marco Neves, detalhou em entrevista à Sagres que a partir de agora, os usuários de água, que não utilizam com animais ou com a população, precisam diminuir a captação em 25%.

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“Esse acordo foi determinado de forma muito democrática, junto com os industriais que captam água do Rio Meia Ponte, com pecuaristas, produtores rurais, com o comitê da bacia e da empresa de saneamento (Saneago). Esse acordo foi firmado como um pacto e agora estamos implementando-o”, declarou.

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O superintendente explicou que apesar do nível crítico 2, a população tem mais segurança em relação ao abastecimento hoje, em função da vazão do Ribeirão João Leite. “Antes nós não tínhamos o aporte do João Leite e hoje temos 800 litros por segundo. Então a dependência do Rio Meia Ponte, apesar de ser importante, é menor hoje em dia, o que diminui o risco”.

A liberação dos 800 l/s da vazão do Ribeirão João Leite, inclusive, faz parte das ações tomadas quando o nível crítico 2 é atingido. Vale ressaltar que caso a vazão chegue ao nível crítico 3, a redução de captação aumenta para 50%, com a inclusão de empresas que utilizam com a população, neste caso, a Saneago.

Marco Neves ressaltou que esta é a primeira vez que a Semad utiliza esse novo acordo, além do novo sistema adotado, que permite o monitoramento em tempo real da utilização de água de determinados usuários, além da possibilidade de enviar SMS para os celulares dos usuários para solicitar a redução da captação. “Além disso, também enviamos um documento formal aos monitorados e email”.

Assista a entrevista no Sagres Sinal Aberto: