O fim da tarifa única no transporte coletivo é avaliado pelo Governo de Goiás juntamente com prefeituras da Grande Goiânia. O plano é manter o valor máximo do transporte em R$ 4,30, mas diminuir a tarifa paga por quem percorre distâncias menores. Para equilibrar os gastos das empresas de ônibus, as prefeituras devem subsidiar os valores menores.

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Em entrevista à Sagres, o prefeito de Senador Canedo, Fernando Pellozo, afirmou que ainda não foi convidado para nenhuma reunião a respeito do tema, mas que aguarda um convite para participar das discussões e não ficar apenas sabendo os resultados depois de tudo ser resolvido.

“Senador Canedo ainda é uma cidade pequena. A gente aceita pagar, mas quero que seja justo, porque Senador Canedo tem suas dificuldades”, declarou Fernando, que ainda citou que o município tem um número de linhas de ônibus relativamente pequeno.

Ouça a entrevista completa:

“Ontem saiu nos jornais a questão deles discutirem isso sem chamar os municípios. A gente tem acompanhado isso e nossa preocupação em senador Canedo é o resultado final. Não pode aumentar essa tarifa exclusivamente para o pessoal de Senador Canedo e que não incida para as prefeituras, com dinheiro público, fazer um subsídio desproporcional ao número de linhas e a distância do trajeto”.

Reforma da Maternidade

A Maternidade Municipal Aristina Cândida deve passar de seis a oito meses em reforma na cidade de Senador Canedo. Por ser a única maternidade no município, há uma preocupação por parte do moradores em relação aos atendimentos na Região. O prefeito de Senador Canedo defendeu a necessidade de uma ampla reforma estrutural no hospital e declarou que todas as mulheres podem buscar o auxílio necessário na recém-inaugurada Clínica de Saúde da Mulher.

“A gente pegou todo o ambulatório da maternidade e levou para o Jardim das Oliveiras, na Avenida Senador Canedo. Levamos ginecologista, obstetra, mastologista, pediatra para cuidar dos recém-nascidos até trinta dias, profissional de psicologia, fisioterapia, nutrição e assistente social. Vamos fazer, todos os sábados, mutirões de ultrassom, até colocar todos os exames de ultrassonografias em dia e também montamos uma sala de parto, onde vai ter o obstetra 24 horas, com enfermeira técnica, carrinho de emergência, berço aquecido e ambulância exclusiva”.

Sobre a maternidade, Pellozo reclamou da politização feita diante de uma reestruturação que precisa ser feita e relatou que o local tem “mofo, rachaduras e goteiras” e definiu a situação do hospital como caótica. “Eu olho para a maternidade hoje e não tenho coragem de deixar minha esposa ter um filho ali”.

Vacinação contra Covid

Com a ampliação da imunização contra Covid-19 para pessoas acima de 25 anos, a cidade já vacinou mais de 60 mil canedenses com a primeira dose. Atualmente, a cidade conta com 10 postos de vacinação espalhados pela região.

O prefeito de Senador Canedo fez questão de ressaltar que a pandemia ainda não acabou e que os cuidados precisam ser mantidos. “Às vezes a gente descuida e isso preocupa bastante”. Uma das questões gira em torno da variante Delta, que tem 26 casos confirmados em Goiás e é comprovadamente mais transmissível.

“A gente mantém as testagens, mas não fizemos nenhum estudo específico [sobre a variante Delta]. O que a gente está focando muito, exatamente, por esse limite entre as cidades, é no terminal de passageiros. Uma equipe da epidemiologia realiza a distribuição de máscaras e o Ministério Público tem nos auxiliado numa campanha para conscientização do uso da máscara, que chega a ser tão importante quanto a própria vacina”.

Processo de impeachment

Após a abertura de uma série de processos de impeachment na Câmara de Senador Canedo, o prefeito Fernando Pellozo afirmou que hoje tudo está resolvido, pois abriu diálogo com os vereadores da cidade. “Nenhum dos motivos apresentados – e a Câmara tem esse papel, essa liberdade – se justificavam, então não havia preocupação. O que havia era, assim, a gente pegou a cidade com tantos problemas e a gente foi para dentro dos problemas, a Câmara reivindicou o diálogo, que à época não aconteceu”.